Ao procurar atendimento principalmente na Rede PE-BA, juazeirenses se deparam com filas, espera de horas e falta de estrutura para os cuidados em saúde.
Uma das cenas mais emblemáticas é a de falta de leitos, mostrando a situação caótica dos estabelecimentos que acomodam pacientes em macas pelos corredores das unidades hospitalares.
Esse quadro tem se agravado nos últimos anos e a espera por regulação na rede estadual está se tornando um martírio para quem já está doente e debilitado.
Estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) alertou que o país perdeu 40 mil leitos hospitalares na última década.
A situação de superlotação no Hospital Regional voltou a preocupar pacientes de Juazeiro, Petrolina e mais 53 municípios pactuados da Rede PE-BA (Pernambuco e Bahia).
Na manhã desta quinta-feira (27) o Senhor Marcos Antônio morador do bairro Jardim Flórida compareceu ao Hospital Regional munido da guia para exame de sangue e não conseguiu realizar o procedimento.
“A gente chega de madrugada para de estômago vazio para realizar o exame agendado pela Secretaria de Saúde e não consegue porque só são liberadas 20 fichas por dia” lamentou o munícipe.
Numa outra situação, a leitora Samara Benvinda Santiago enviou fotos para redação da Rede GN denunciando o acúmulo de pessoas nos corredores do Hospital Regional de Juazeiro.
“Por isso que a Samu não tem macas para socorrer os pacientes, elas estão ficando retidas nos corredores dos hospitais. Isso desumano com os juazeirenses e os pacientes dos demais municípios da Bahia e de Pernambuco” reclamou.
A reportagem encaminhou as reclamações para assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital Regional de Juazeiro.
Sobre a situação do Senhor Marcos Antônio a Secretaria de Saúde respondeu:
A Secretaria de Saúde de Juazeiro lamenta qualquer transtorno sofrido pelo paciente, contudo não tem governabilidade sobre a logística de atendimentos do Hospital Regional, unidade gerida pelo Governo da Bahia.
Vale ressaltar que a responsabilidade pela assistência à saúde é dividida entre municípios, estados e Governo Federal. Portanto, em alguns casos, a prefeitura precisa encaminhar os pacientes para unidades ligadas ao estado ou Governo Federal.
O pessoal da Sesau conversou com o Regional. Eles disseram que aconteceu uma falha de comunicação do paciente com a funcionária do hospital. Aparentemente, ele não teve paciência de escutar a explicação dela. Enfim, pode avisar que ele pode ir lá amanhã”.
A respeito da superlotação a Assessoria de Imprensa do Hospital Regional não se manifestou.
No último dia 22, a Rede GN já tinha editado matéria a respeito da sobrecarga constante em salas de urgências e emergências nas duas cidades (Veja aqui).
NOTA DO HOSPITAL REGIONAL DE JUAZEIRO
O Hospital Regional de Juazeiro (HRJ) é referência na assistência de média e alta complexidade na região e atende os 53 municípios que compõem a rede PEBA, uma abrangência estimada em 2,5 milhões de habitantes. Dessa forma, atualmente, está com ocupação acima da capacidade total.
Em relação aos atendimentos de emergência, o complexo hospitalar é porta aberta para clínica médica e cirúrgica, o que impõe a ocupação dos corredores da Unidade.
Ademais, o HRJ permanece atendendo os pacientes em sua totalidade, mobilizando esforços para prestar uma assistência multiprofissional qualificada e humanizada, bem como o acesso aos recursos necessários para o diagnóstico e tratamento.
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