Em uma semana, a Polícia Civil de São Paulo informou ter registrado 279 casos de ameaças de possíveis ataques a escolas no estado.
Segundo o governo paulista, houve um aumento das ameaças de violência, nos ambientes escolar e virtual, após o ataque ocorrido na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo.
No dia 27 de março, um estudante de 13 anos matou a professora Elisabeth Tenreiro e deixou outras três professoras e um aluno feridos com uma faca.
Ainda antes do ataque, nos dias 11 e 12 de março, o setor de inteligência da Polícia Civil “frustou dezenas de possíveis atos violentos em escolas”, segundo nota publicada pelo governo paulista nesta quinta-feira (6/4).
De acordo com a gestão estadual, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de São José dos Campos, Caçapava e Tupã. Três adolescentes foram apreendidos com celulares, facas, máscara, chips de celular, bandanas e cadernos de anotação.
Nessa quarta-feira (5/4), o Metrópoles também noticiou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo apreendeu um adolescente de 12 anos com um canivete e uma máscara de palhaço na Escola Municipal de Ensino Fundamental Primo Pascoli Melare, na Brasilândia, zona norte da capital.
A diretoria do colégio pediu reforço da GCM depois que o menor se envolveu em uma briga e ameaçou uma professora na semana passada.
O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirma que o aumento nos registros pode estar ligado ao chamado “efeito contágio” após o ataque ocorrido na semana passada.
Diante disso, as autoridades orientam que veículos de comunicação e a população em geral evitem o compartilhamento de vídeos dos ataques e da imagem dos agressores.
Segurança nas escolas
O governo de São Paulo informou que, após o ataque na escola Thomázia Montoro, a Polícia Militar reuniu comandantes das companhias de área com diretores escolares para discutir programas e estratégias de combate a agressores ativos.
A gestão também afirma estudar a contratação de policiais da reserva para que fiquem de forma permanente nas escolas. A ideia de colocar a PM para fazer a guarda dentro das unidades, no entanto, divide opiniões e tem recebido críitcas de sindicatos e movimentos ligados a professores e estudantes.
Além disso, 566 policiais militares atuam atualmente no policiamento no entorno de escolas, por meio do programa Ronda Escolar.
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