Diante do agravamento do acúmulo de esgotos e da crise da falta de água em Petrolina, o prefeito Simão Durando cobrou, nesta quinta-feira (6), uma resposta urgente da Compesa para regularizar a manutenção e abastecimento na cidade.
Em um vídeo postado em suas redes sociais, o gestor alertou os petrolinenses sobre a gradual precarização do serviço da companhia estadual nos últimos seis meses, que teve redução brusca no solução de problemas de esgotamento do município. Simão ainda informou que pretende acionar a Justiça se a Compesa não resolver com urgência a atual crise.
O posicionamento do prefeito veio após uma reunião realizada pelo Ministério Público, Compesa e Prefeitura de Petrolina, na qual foram apontados diversos problemas graves desde o final de 2022. Hoje, o serviço de manutenção, que antes contava com 11 veículos, agora só tem dois caminhões para fazer sucção de esgotos acumulados nas vias públicas. Outra informação preocupante é que a empresa contratada pela Compesa enfrenta atrasos nos pagamentos pelos serviços prestados e ameaça paralisar.
"O serviço que já era ruim, nos últimos seis meses ficou em situação de calamidade. Para nossa revolta descobrimos que a COMPESA tinha 11 caminhões para a manutenção do esgoto. Agora só existem dois funcionando, e muito mal. O resultado está aí nas ruas. O descaso, a falta de manutenção, o esgoto em toda parte. Além disso, falta água em toda a cidade, há bairros que não tem água há 15, 20 dias", revelou o prefeito.
Diante da situação apontada como de calamidade pelo gestor da cidade sertaneja, ele ainda declarou que, caso não haja uma providência urgente, irá recorrer à Justiça. "Se não tivermos uma resposta rápida, vamos tomar medidas judiciais para acabar com essa situação de calamidade. Não ficarei de braços cruzados, ou a Compesa trata nossa cidade com respeito ou iremos até às últimas consequências para resolver esse drama que nossa cidade enfrenta", concluiu.
Notificação - Responsável pela fiscalização dos serviços prestados pela Compesa, a Agência de Regulação de Petrolina (Armup) fechou o cerco contra a companhia estadual. Nos últimos três meses, foram mais de 430 notificações aplicadas por problemas identificados na cidade, como esgoto a céu aberto e buracos. A Armup também emitiu nota exigindo da Compesa a normalização dos serviços de água e esgotamento no município.
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