Policiais civis prenderam no domingo (2), na cidade do Rio de Janeiro, uma mulher suspeita de ser uma das articuladoras dos ataques ocorridos recentemente no Rio Grande do Norte. Segundo a Polícia Civil, ela é apontada como chefe da facção criminosa responsável pelos atentados.
A prisão foi feita por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Civil. A polícia informou que ela estava escondida no Complexo da Penha, na zona norte da cidade, e vinha sendo monitorada por agentes. O nome da detida ainda não foi divulgado.
Após sair do Complexo da Penha, ela foi presa em Campo Grande, na zona oeste da cidade. Segundo a Polícia Civil, a mulher, de 31 anos, assumiu o comando da facção após a morte de seu companheiro, em setembro de 2016, e responde a vários processos na justiça.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte informou que ela era procurada pela polícia daquele estado e tinha dois mandados de prisão em aberto: um por tráfico de drogas e outro por organização criminosa.
O governador do estado do Rio, Cláudio Castro, escreveu sobre a prisão, em seu perfil na rede social Twitter.
“Ela é considerada uma das maiores traficantes e acumula vários processos na Justiça potiguar, por tráfico de drogas, organização criminosa e pelos ataques do mês passado. Não vamos permitir que bandidos de outros estados venham se esconder no nosso Rio de Janeiro. Parabéns aos nossos guerreiros da Polícia Civil”, escreveu Castro.
No dia 14 de março, vários ataques promovidos por criminosos foram iniciados no Rio Grande do Norte, com incêndios e tiros contra prédios públicos, veículos, comércio e casas, em retaliação pelas condições dos presídios daquele estado.
Investimentos
Agentes da Força Nacional de Segurança Pública foram enviados ao Rio Grande do Norte e o governo federal anunciou investimentos de R$ 100 milhões na segurança do estado.
Na última sexta-feira (31), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, visitou o estado, para a entrega de fuzis, pistolas, munições e viaturas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social potiguar, foram registrados mais de 300 ataques, entre os dias 14 e 24 de março, que resultaram na morte de um comerciante. Mas, desde o dia 25, não são registradas ocorrências relacionadas a esses atentados.
Ações policiais, por sua vez, resultaram na morte de 14 suspeitos de envolvimento com os ataques, sendo 12 no Rio Grande do Norte e outros dois em ações da polícia potiguar no Ceará e na Paraíba.
Ainda de acordo com a secretaria potiguar, mais de 280 pessoas foram presas. A polícia também apreendeu 46 armas e 149 artefatos explosivos.
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