Quem disse que para emagrecer precisa passar fome? A busca pelo corpo perfeito vem se tornando cada vez mais evidente, tanto em mulheres como em homens. Existem pessoas que procuram fórmulas rápidas para perda de peso, dietas muito restritivas, além de medicações sem prescrição que podem trazer mais malefícios para a saúde do que benefícios.
“Passar fome não ajuda a emagrecer na forma desejável. Toda dieta baixa em calorias pode promover perda de peso, mas nem todas essas possibilitam o emagrecimento de forma saudável, e quando estamos com fome, temos a tendência a comer qualquer coisa.
É importante se atentar a quantidade e a qualidade dos alimentos ingeridos, pelo menos na maior parte do tempo”, lembra a nutricionista, Karen Natacha de Andrade.
Novos hábitos ajudam a emagrecer
A especialista acrescenta que o emagrecimento de forma saudável só poderá acontecer após uma mudança no estilo de vida, que está incluso o gerenciamento do estresse, da forma como você se relaciona com o alimento, prática de exercícios físicos, melhora no padrão do sono e ingestão de água. “Aliados a inclusão de produtos integrais, naturais e minimamente processados na dieta, redução de consumo de produtos industrializados e ricos em açúcar e gordura”, completa.
Segundo a profissional de Educação Física, Victória Midlej, para emagrecer é necessário realizar exercícios resistidos, que são aqueles que aumentam a força dos músculos, como musculação, treinamento funcional ou crossfit, isso com o treinamento aeróbico de forma combinada.
“O treinamento resistido irá aumentar a massa magra favorecendo o emagrecimento enquanto o exercício aeróbico potencializará a perda de gordura. Além desses benefícios, ambos irão contribuir para a melhora do sistema cardiovascular, manutenção da massa muscular, aumento da densidade mineral óssea, garantir um envelhecimento ativo e saudável, bem como propiciar uma boa saúde mental impactando positivamente na qualidade de vida”, informa Victória, que também é docente na UniFTC de Vitória da Conquista.
Ação interprofissional e uso de medicamentos
A nutricionista e professora do Colegiado de Nutrição da UniFTC Juazeiro, Karen de Andrade, esclarece que a depender do caso do paciente, os medicamentos podem ser utilizados para melhorar o metabolismo e auxiliar na perda de peso, como em alguns casos de obesidade, desde que prescritos após avaliação do estado de saúde da pessoa e do estilo de vida.
“De forma isolada, eles não promovem um emagrecimento sustentável, apenas são auxiliadores, pois podem inibir o apetite ou reduzir a absorção da gordura ingerida. As fórmulas rápidas e uso de medicações sem prescrição podem prejudicar a saúde, como por exemplo no reganho de peso, anemias e carências nutricionais, enjoo, ansiedade, insônia, problemas cardíacos, renais e hepáticos”, informou.
A professora destaca ainda que se o paciente não tiver mais alguma doença preexistente, ele pode ingerir de tudo um pouco, mas nas quantidades adequadas. “É calculado um plano alimentar personalizado para as necessidades de cada um, evitando carências nutricionais mesmo dentro de uma dieta baixa em calorias, que é a que promove o emagrecimento. Uma alimentação saudável garante uma melhor qualidade de vida, mais disposição e fortalecimento do sistema imunológico, prevenindo doenças”.
Para finalizar, ela reforça a importância dos novos hábitos de vida e da ação interprofissional para um emagrecimento duradouro e saudável. “Além de promover saúde, impactam de forma positiva no combate à obesidade, que é uma doença multifatorial e engloba fatores genéticos, psicológicos, metabólicos, sociais e ambientais e, também está relacionada a outras doenças. Profissionais como nutricionista, médico, psicólogo e educador físico podem auxiliar nessa busca pelo emagrecimento”, conclui a nutricionista.
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