Você costuma se automedicar? Saiba os riscos dessa prática para a saúde e a importância de consultar um médico

27 de Mar / 2023 às 16h25 | Variadas

A automedicação é um hábito extremamente perigoso e ainda muito comum que pode levar a consequências graves como reações alérgicas, dependência e até a morte. De acordo com uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data realizada em janeiro deste ano, 84% dos brasileiros sabem dos riscos de tomar remédios sem receita. Outro dado importante do Conselho Nacional de Saúde através do Conselho Federal de Farmácia é que o Brasil está entre os dez países que mais consomem medicamentos no mundo.

O dr. Adalberto Campinho, especialista em emagrecimento clínico e cirúrgico alerta sobre as consequências desta prática que coloca em risco a saúde da população.

“A automedicação é quando uma pessoa faz uso de um medicamento sem indicação ou prescrição médica. No Brasil, existem vários medicamentos que são vendidos com receita e outros que não a exigem. Em função disso, a população consegue se automedicar. Essa ação pode ser muito perigosa porque existem medicamentos que apesar de serem extremamente seguros e eficazes para tratar doenças, podem apresentar efeitos colaterais”, esclareceu.

Segundo o médico, a automedicação não deve ser praticada por nenhum público, sobretudo por indivíduos que têm alguma comorbidade. Isso porque todas as vezes que essa prática acontece o paciente está sujeito a efeitos adversos e complicações. Um exemplo é o uso do Ozempic, medicamento indicado para o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade, que apesar de ser extremamente seguro e eficaz, também pode apresentar efeitos colaterais e por isso a importância da prescrição e acompanhamento médico.

“A semaglutida, substância conhecida popularmente como “Ozempic” é um medicamento eficaz e seguro para o tratamento da obesidade, mas vem sendo utilizado por inúmeras pessoas sem prescrição e acompanhamento, e pode resultar em efeitos colaterais graves. Pessoas com pancreatite ou problemas gastrointestinais não devem usá-lo. Além disso, o seu custo é alto, o que pode impedir a compra e uso na quantidade correta para o tratamento. Já quando o uso é feito com acompanhamento médico, caso o paciente tenha alguma reação à medicação, o médico pode auxiliar e indicar a melhor forma de continuar o procedimento”, explicou dr. Adalberto. 

Outro comportamento associado a automedicação que preocupa, é o uso baseado em indicações de não médicos. Quem faz uso do Ozempic ou de qualquer medicação sem orientação médica corre o risco de prejudicar a saúde e ainda de não ter o resultado esperado.

“A obesidade é uma doença como qualquer outra. Então, da mesma maneira que uma pessoa hipertensa ou diabética procura um médico para poder acompanhar o seu caso e prescrever a medicação, o paciente obeso deve ter essa mesma conduta. As pessoas precisam se conscientizar que receita não é para ser copiada do vizinho ou amigo, não é para usar a receita que o digital influencer ou artista disse que usou. A obesidade deve ser tratada com seriedade, como doença e sob supervisão médica. A orientação é jamais utilizar o Ozempic ou qualquer outro medicamento sem avaliação, indicação e acompanhamento médico”, completou.

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Ascom

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