Com programação especial, a gestão da Escola Municipal Estação do Saber José Carlos Tanuri, reuniu na sexta-feira (17), a equipe de professores e coordenação pedagógica da unidade de ensino, alunos, e representantes da gestão municipal, para participar de mais uma ação do projeto pedagógico do ano letivo de 2023, refletindo sobre o legado dos povos africanos no cotidiano da escola e na Educação pública e infantil.
Promovida pela Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), a ação faz parte do projeto 'Viajando na Estação eu giro o mundo e construo saberes', abordando o tema: 'Heranças da África'.
Este ano, a proposta pedagógica tem desenvolvido discussões acerca de aspectos ligados à representatividade, ancestralidade, identidade territorial, entre outras temáticas que façam referência à cultura africana.
Na ocasião estiveram presentes, o chefe de gabinete, Cesar Miller, os assessores especiais do Gabinete, Normeide Carvalho e Dadau Barbosa, e a superintendente de ensino da Seduc, Willany Cunha, que falou sobre a importância da iniciativa para a Educação municipal. "Se trata de uma estratégia educativa bastante enriquecedora, que inclui o desenvolvimento de conteúdos, alinhado ao desenvolvimento humano, propondo uma educação pautada na diversidade cultural e histórica, estimulando as crianças a se envolverem em atividades que apresentem e valorizem a importância das diferentes identidades étnico-raciais, e que busquem construir uma sociedade livre da discriminação e do preconceito racial", disse Willany.
"A ideia é desenvolver ações aplicadas na prática, desta forma, decidimos servir uma feijoada caprichada, como parte dos muitos elementos abordados em nosso projeto, isso claro, alinhado às orientações nutricionais do cardápio da merenda escolar, além de considerar uma ótima alternativa de boas-vindas para os nossos convidados. O intuito é aproximar todos que fazem a gestão municipal, para se tornarem agentes multiplicadores de boas práticas educacionais, apresentando a África dentro da sala de aula, suas características, indumentária mais utilizada pelos povos africanos, comida típica, adereços, o estudo sobre a própria história e cultura afro-brasileira e africana, inserido também, no processo de luta pela superação do racismo e desigualdade", comentou a gestora da escola, Virna Sarissa.
Estudante do 3° ano, Yasmin Vitória Castro dos Santos Moreira, de 9 anos, avaliou o momento degustativo e de aprendizado. "A feijoada está deliciosa, e eu gostei muito de aprender sobre a feijoada não ser um prato inventado pelos brasileiros, mas criado pelos africanos, que vieram da África e foram escravizados no Brasil. Aqui eles utilizavam as partes dos alimentos que os senhores não queriam comer, e inventaram a feijoada", finalizou Yasmin.
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