A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu nesta segunda-feira (13) retirar o sigilo do cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As informações, no entanto, só poderão ser fornecidas pelo Ministério da Saúde depois que for concluída uma investigação sobre eventual fraude feita no cartão de vacina do ex-presidente. A CGU investiga se o sistema do ministério foi invadido por alguém que pode ter inserido dados falsos.
Nos primeiro meses da vacinação contra a Covid, Bolsonaro decretou sigilo ao próprio cartão e a qualquer informação sobre as doses de vacinas que ele possa ter recebido. A justificativa foi de que se tratava de informação privada do ex-presidente.
Ao assumir a presidência, Lula determinou à CGU que analise todos os sigilos impostos pelo governo Bolsonaro. A intenção é que aqueles que estiverem em desacordo com a legislação sejam derrubados. Foi o que aconteceu agora com o cartão vacinal.
Bolsonaro tem dito que não se vacinou contra a Covid. Em fevereiro, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que foi aberta uma investigação para saber se o cartão do ex-presidente, no sistema do Ministério da Saúde, foi fraudado. Isso porque há um registro no cartão de que Bolsonaro teria tomado uma dose da vacina contra a Covid, em 2021.
Após a revelação do "Estadão", a CGU confirmou que, no cartão de Bolsonaro, consta o registro da dose. Só não se sabe se é um registro verdadeiro.
Ao decidir pela retirada do sigilo, a CGU justificou que o status vacinal de Bolsonaro é de interesse público, já que as declarações dele a respeito do tema basearam "a política pública de imunização do Estado brasileiro durante a crise sanitária".
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