Uma vendedora ambulante teve 10 garrafas de café furtadas em frente à reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro do Canela, Centro de Salvador, na manhã desta sexta-feira (10). Até a publicação desta reportagem, o suspeito do crime não havia sido encontrado.
Maria Lúcia Melo trabalha no largo entre as ruas João das Botas e Padre Feijó há 17 anos. Ela comercializa lanches, salgados e bebidas variadas para estudantes da própria universidade, bem como trabalhadores e pacientes de clínicas médicas que ficam na região.
O furto foi cometido ainda no início da manhã. A vendedora chegou ao local onde fica o ponto de vendas e deixou a sacola com as garrafas, enquanto foi buscar o carrinho em que armazena os lanches, em um estacionamento próximo.
Este é um movimento que Maria Lúcia faz todos os dias, há quase duas décadas. Quando ela retornou ao ponto, já não encontrou mais sacola com as garrafas. Segundo a vendedora, a suspeita é de que o material tenha sido levado por um suspeito que já estava tentando assaltar na região.
"Ele estava tentando assaltar no Edifício João das Botas, que é uma clínica. Quando eu cheguei aqui, o segurança [da Ufba] já estava na rua, chamando outro segurança, porque ele não ia encarar o bandido sozinho. Aí deixou ele [suspeito] correr. Como eu não sabia que ele era vagabundo, deixei minha sacola aqui e fui buscar meu carrinho de lanche", relatou a vendedora.
No momento em que voltou com o carro em que ficam os lanches, Maria Lúcia percebeu que parte do material de trabalho havia sido furtada.
"Quando eu vim com o carro, já não estava mais a sacola de café com as 10 garrafas de café e o litro de catchup que eu trago para poder vender. Aí eu fui na reitoria, procurar saber de um casal, eles disseram que tinha uma pessoa pegando minha sacola, mas não viram quem foi, pensaram que fui eu".
"Eu nunca fui assaltada aqui. Às vezes eu deixo várias garrafas, suco, gelo – porque eu trago tudo – e nunca passei por isso".
A ambulante estimou o valor do prejuízo entre garrafas, sacola e também o material usado para fazer o café .
"É um prejuízo de quase R$ 400, porque só uma garrafa da mais barata é R$ 25. Fora o café que eu trago, o café com leite, preto, achocolatado, que eu vendo muito para o pessoal. Agora só segunda-feira [para retomar as vendas]. Vou dar providência amanhã [sábado, 11] para segunda trazer o café".
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