Um caso de intolerância religiosa foi denunciado pelo vereador de Petrolina Gilmar Santos (PT) através de suas redes sociais, nesta quinta-feira (02). De acordo com o parlamentar, o ato aconteceu durante uma moção de congratulações pelo aniversário do Grupo Cultural Baque Opará, em sessão na Câmara de Vereadores.
O episódio de intolerância foi protagonizado pelos vereadores da bancada evangélica Diogo Hoffmann (PSC), Alex de Jesus(Republicanos) Ruy Wanderley (PSC) e Josivaldo Barros (PSC), que se recusaram a votar favoravelmente a essa moção ao Baque Opará, por identificarem na formação do grupo referências da cultura e religiosidade africana.
“Lamentavelmente, na hora em que se fala sobre religiosidade e cultura de matriz africana, o que esses vereadores acionam é a intolerância religiosa. Eles colocam a crença pessoal deles acima do interesse coletivo e acima do que está previsto na constituição”, repudiou Gilmar Santos em vídeo publicado no Instagram.
Durante o depoimento, o parlamentar também comentou sobre a importância de respeitar a constituição federal e a diversidade cultural, ressaltando a atuação do Baque Opará para a cultura de Petrolina. “Que mal fez esse grupo para não ter o reconhecimento? Muito pelo contrário, tem difundido a cultura e contribuído para celebrações importantes aqui na nossa cidade”, afirmou o parlamentar.
Fundado em 2008, o grupo percussivo Baque Opará surgiu com o intuito de divulgar os ritmos populares de matriz africana e influência brasileira, especialmente nordestina. Atualmente, conta com 70 integrantes, que, através de instrumentos com suas alfaias, agogôs, agbês, caixas, timbais e ganzás se debruçam sobre os ritmos musicais brasileiros e pernambucanos, em especial o maracatu.
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