Um abaixo-assinado está viralizando na internet reivindicando a cassação do vereador Sandro Fantinel (Patriota), que fez um discurso preconceituoso contra os baianos na tarde desta terça-feira (28/2), na tribuna da Câmara Municipal de Caxias do Sul (RS).
Aberta na plataforma Change.org, em poucas horas, a petição já coletou quase 10 mil assinaturas. O abaixo-assinado, que está viralizando nas redes sociais, foi criado pelo médico cearense Bruno Gino, que possui quase 110 mil seguidores em sua conta oficial no Twitter.
Veja a petição na íntegra: http://change.org/XenofobiaNao
Na petição online, o médico, que é natural do Ceará, cobra a imediata cassação do vereador por quebra de decoro parlamentar. "Estas ofensas contra segmentos da sociedade e parte do povo brasileiro, historicamente vítimas de discriminação, segregação e perseguição das mais diversas formas, constituem uma falta gravíssima e inadmissível", afirma no texto.
O vereador de Caxias do Sul falava sobre o resgate de trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão em vinícolas da serra gaúcha, quando ofendeu o povo baiano.
Fantinel afirmou que seria normal haver problemas com os baianos porque a "única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor". Além disso, o vereador direcionou sua fala a agricultores, recomendando que eles não mais contratarem "aquela gente lá de cima", mas sim argentinos, porque são "limpos, trabalhadores, corretos e cumprem o horário".
No texto da petição que exige a cassação do vereador, o médico Bruno Gino enfatiza que preconceitos de raça ou de cor constituem crime, segundo a Lei 7.716/1989. Ele ressalta, ainda, que condutas e declarações como essas não podem ser aceitas pela sociedade.
"Reforçamos nosso repúdio ao ocorrido e a qualquer forma de preconceito e/ou estigmatização tão amplamente disseminada nesses tempos tão difíceis no qual o nosso país vem enfrentando. Zelamos para que crimes como os que ocorreram nesta data não encontrem sobrevida entre os membros da comunidade política e na sociedade", destaca o médico.
A petição segue aberta, na plataforma Change.org, e engajando ainda mais apoiadores.
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