O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu efetivar o engenheiro agrônomo César Aldrighi no comando do Incra, autarquia responsável por dar andamento a questões da reforma agrária do Brasil. Ele, que é funcionário de carreira do órgão, já vem ocupando o posto interinamente.
Ainda no Incra, Rose Rodrigues, professora universitária, advogada e assistente social, será a diretora de Desenvolvimento; Gustavo Souto de Noronha, diretor de Gestão Estratégica; João Pedro Gonçalves da Costa, diretor de Governança Fundiária, e Maria Rita Reis, Procuradora Federal Especializada.
Movimentos do campo como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) têm se queixado de lentidão do governo federal em relação às questões agrárias.
Uma das principais críticas se concentrava na demora para anunciar o presidente do Incra e para trocar os superintendentes da autarquia, diversos deles remanescentes da gestão Jair Bolsonaro (PL).
Sem essa definição, as tratativas relacionadas a reforma agrária e regularização fundiária não têm evoluído.
A demora na definição dos nomes para comandar o Incra e suas superintendências está relacionada à disputa política envolvendo os cargos.
No Ministério do Desenvolvimento Agrário, a lentidão tem sido atribuída à espera pela distribuição de cargos a aliados a ser definida pelo núcleo político do governo Lula.
Entre os movimentos do campo, a escolha por Aldrighi foi recebida sem críticas nem empolgação relacionadas a seu perfil. A definição por um nome em si foi vista com bons olhos, pois a partir dela as negociações sobre temas agrários devem ter andamento. Como o engenheiro tem perfil técnico, acredita-se que futuramente ele possa ser trocado por algum indicado político.
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