Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, um dos suspeitos de matar sete pessoas em um bar de Sinop, a 503 km de Cuiabá, nessa terça-feira (21), tem cadastro como Colecionador, Atirador Esportivo e Caçador (CAC), frequentava um clube de tiros da cidade e postava vídeos na rede social praticando disparos (veja vídeo acima).
Ele está foragido e deve se entregar à polícia nesta quinta-feira (23), conforme informou o advagado dele à TV Centro América. O comparsa dele, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, foi morto em confronto com a polícia durante a tarde, após ser localizado em uma área de mata, distante cerca de 15 km da cidade, próxima ao aeroporto.
O caso de Sinop (MT) é mais um tijolinho para que o governo aposte em novas restrições às armas. Lá, dois homens mataram sete pessoas depois de perder na sinuca num bar. Um dos assassinos tinha registro em clube de tiro e praticava regularmente. Esse será um dos embates no Congresso no futuro próximo.
Os bolsonaristas, conforme anunciou Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em entrevista à Rede Vida, querem que o Congresso retome os decretos de liberação do governo anterior. O presidente Lula e seus ministros pretendem apertar ainda mais a legislação. E a contar pelo que disse o ministro da Justiça, Flávio Dino, em suas redes sociais, a ordem é deixar claro que o projeto de liberação das armas é prejudicial. Ele se referiu assim ao caso de Sinop: “Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’ (como alega a extrema direita)”.
Uma das vítimas da chacina que matou sete pessoas, nesta terça-feira (21), em um bar no bairro Lisboa, em Sinop, no Mato Grosso, era de Mato Grosso do Sul. O empresário Josué Ramos Tenório, de 48 anos, conhecido como Zué, nasceu em Fátima do Sul (MS) e há 14 anos morava em Rondonópolis.
Josué era empresário e vendia frutas junto com a família. Ele deixa a esposa e quatro filhos, sendo dois adotivos. Além de Josué, seis pessoas, incluindo uma adolescente de 12 anos, foram mortas a tiros.
Ao g1, Cícero Dias, filho de Josué, lamentou a morte do pai e pediu justiça. “Meu pai nasceu em Fátima do Sul e viemos para Rondonópolis em 2009 para trabalhar. Crueldade, tragédia e é inacreditável isso que aconteceu”.
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