A APLB Sindicato em Juazeiro reuniu nesta quarta-feira (15) na sede da entidade trabalhadores em educação, representantes de associações e demais sindicatos para discussão de pautas de interesses da categoria.
Na lista dos assuntos discutidos a campanha salarial de 2023, avanço de carreira e paridade.
O diretor da APLB Sindicato em Juazeiro Gilmar Nery ressaltou a importância do momento de discussão para os trabalhadores em educação logo após a participação da entidade durante os dois dias de Conselho da APLB realizada em Salvador na semana passada, mas também deixou claro que "a hora é de mostrar a força dessa unidade da luta de todos os servidores, não apenas dos trabalhadores em educação de Juazeiro. Nossa ideia é baixar as armas e sem vaidades nos unirmos cada vez mais para lutarmos juntos. Estamos aqui em mais uma assembleia realizada pela APLB com representantes de associações, demais sindicatos e professores. Infelizmente não vieram todos, pois parece que não entenderam a intenção".
Para ele, essa união vem devido as pautas que existem em comum e, apesar de o governo municipal já ter anunciado publicamente que vai pagar o reajuste de 14,95% agora é hora de cobrar a aplicação de forma linear na carreira. Para tanto, a APLB Sindicato e todos os demais estão alertas a todas as ações e decisões futuras da gestão sem deixar que o movimento diminua sua intensidade nas cobranças e na vigilância diária para a busca dos direitos de todos os servidores. "Queremos dizer a todos que iremos ajuizar uma ação cobrando do município a obrigação de fazer a questão da paridade e funcionamento dos Conselhos do IPJ, bem como a aplicabilidade do Instituto da alíquota de 14% em cima de dois salários mínimos e resolver a distorção dos 14% descontados do afastamento dos servidores e não estão sendo repassados ao IPJ".
"E isso não é sé uma coisa passageira ou momentânea. Afinal, quantas vezes fizemos isso? Não vamos nos acomodar e devemos mostrar nossa união e se preciso tomar as ruas e incomodar. A APLB Sindicato agradece àqueles que se uniram, vamos seguir nosso caminho e estamos abertos a quem quiser se engajar em nossa luta. Esse é um momento importante para tomarmos as decisões necessárias para enfrentar o governo que não está respeitando os trabalhadores. As negociações já vem com pautas discutidas, mas o que foi anunciado não sabemos quando vai ser cumprido. Precisamos ser claros, abertos e sem subterfúgios para discutir os problemas da educação e do município", enfatizou Gilmar.
Presente à assembleia, a diretora da ATEPAAJ (Associação dos Trabalhadores da Educação Pensionistas Aposentados e Ativos de Juazeiro), Maeth Soares, disse que o trabalho sindical não é fácil e deve ser realizado com compromisso e comprometimento direcionado a todos. "Temos uma pauta de luta desde o início e lutamos por ela buscando parcerias dentro do funcionalismo público porque sozinhos não vamos para lugar nenhum. Nossa ideia é sempre buscar tranquilidade e um ambiente de trabalho favorável a nossa saúde, pois muitos se aposentam sem saúde e é necessário chegar junto à secretaria de educação para conseguir uma mudança nesse quadro".
Ela reforça o fato de o sistema tirar dos trabalhadores direitos garantidos e conquistados ao longo do tempos e é preciso estar todos os dias no Instituto de Previdência de Juazeiro (IPJ) em busca da garantia dos direitos. "Na última reunião com procuradores do município percebemos que cada um tem uma interpretação do Projeto de Lei enviado em abril do ano passado, pois a redação é de péssima qualidade. Estamos tentando fazer com que esse projeto com reajuste de 14.95% venha acompanhado da paridade. No dia 15 de março vai haver audiência de conciliação para falar sobre a paridade e aproveito o momento para convidamos todos e fortalecer a busca dos direitos mostrando essa unidade das categorias como poder de luta", ressalta Maeth.
O presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Juazeiro, João Pereira Régischamou a atenção de todos para o fato de que "todas as representações sindicais e de associações existentes em Juazeiro precisar dar mais importância e relevância às reuniões das categorias e não encarar com desprezo. Desde que começamos nossa luta com o executivo, percebemos que pouca coisa mudou. E lembramos que a luta é em busca de direitos dos trabalhadores sempre pensando no coletivo, pois e individualmente fica mais difícil. Enquanto não houver uma verdadeira união, não vamos ter resultados", afirmou.
O presidente da AGMJ (Associação dos Guardas Municipais de Juazeiro) Edson Gomes dos Santos, Edson é preciso pressionar o governo municipal para ter atendidas as reivindicações feitas. "A promessa é de que até março o pagamento da progressão seja realizado, mas não podemos esquecer que estamos esperando isso desde o mês de dezembro e até agora nada foi feito. O governo não quer dar nem o índice da inflação, por isso é de extrema importância unirmos forças, pois o momento é de mostrar que o servidor não está contente com a situação presente".
Adegivaldo Mota da AGMJ também presente à assembleia ressaltou que "infelizmente vivemos um dos piores momentos para o servidor público do município. Desde o ano passado as entidades têm buscado diálogo e o governo não recebe e não resolve os problemas que são levados ao conhecimento. Acredito que só será resolvido se todos forem para as ruas em manifestação ou decidir cruzar os braços".
Para a professora Lucineide Souza de Oliveira a luta é constante, e os resultados podem ser vistos a partir de algumas ações que devem ser observadas. "É importante criticarmos quando as coisas não acontecem, mas não podemos deixar de reconhecer quando algo é feito. Depois de alguns encontros com a Seduc vejo que estamos voltando para um ano letivo diferente do anterior. Dia 27 retornarei e hoje já sei como será o calendário anual que já mostra que tudo está mais amarrado que o ano passado. É por algo assim que vemos que os encontros e as críticas fizeram sentido e deram resultado. Esperamos que o ano de 2013 seja de muitos acertos".
Ao final da assembleia ficou definido ainda, com a anuência de todos os presentes que haverá unificação nas eleições dos sindicatos. E, além do envio de novo ofício ao com espera de resposta do primeiro ofício para saber o foi discutido anteriormente, a decisão é de que, caso não haja resultado favorável as categorias irão aos órgãos de imprensa para questionar a insensibilidade do governo municipal diante do fortalecimento da imensa onda de união dos sindicatos e associações.
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