A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo projeta que o carnaval de 2023 seja menos rentável que o de 2020, no período pré-pandemia, na Bahia. Apesar disso, o setor hoteleiro está otimista e espera uma ocupação de 95% da rede em Salvador.
A 15 dias do início dos festejos de carnaval na capital baiana, no dia 16 de fevereiro, a projeção é de que Salvador movimente mais de R$ 479 milhões – um valor muito maior do que os do mesmo período em 2021 e 22, quando não houve festa por causa da pandemia.
No entanto, o levantamento aponta a economia desfavorável como principal obstáculo para o setor. O reajuste no preço das passagens aéreas, por exemplo, é um dos impeditivos para a evolução da economia. De janeiro a dezembro de 2022, as passagens acumularam alta de 23,53%, na comparação com 2021.
A empresa que administra o aeroporto de Salvador, espera receber cerca de 170 mil passageiros. O pico de movimentação será no dia 17 de fevereiro, sexta-feira de carnaval, quando o terminal aéreo receberá 26 mil passageiros. Em comparação com o período pré-pandêmico, a recuperação será de 80%.
“Tem a questão do juro mais elevado. Para fazer frente, para comprar uma passagem aérea, o consumidor acaba recorrendo ao crédito, e o crédito está bem mais caro do que nos últimos anos, do que nos últimos carnavais – aliás, desde o carnaval de 2018 que não se pagava tanto pelo dinheiro emprestado”, explica Fabio Bentes, economista da Confederação do Comércio.
As hospedagens e os preços dos pacotes turísticos também tiveram grandes altas, com percentuais de 18,21% e 17,16%, respectivamente. Mesmo com as altas, o presidente do Conselho Baiano de Turismo, Roberto Duran, está otimista com a recuperação.
“Todos os segmentos do turismo – obviamente, os que atuam no período do carnaval – vão ter um crescimento de faturamento bem significativo, até pelo aumento dos insumos e etc. Talvez o volume de público não seja maior que o de 2020, mas o volume de pagamento e faturamento com certeza serão maiores”.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), Luciano Lopes, estima que a ocupação do setor chegue em 95%, tendo alguns picos de lotação total.
“A gente também percebe que há uma tendência de, em alguns dias, termos um pico de 100%, isso quando a gente compara os principais hotéis, sobretudo aqueles que estão inseridos próximos ao circuito – seja Barra, Ondina, Rio Vermelho, Centro –, logicamente que comparando com 2022, 2021 a gente não tem uma base comparativa, mas já é um faturamento muito próximo do que foi o faturamento de 2020".
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