Artigo - O novo manto e os “milagres” de sempre

26 de Jan / 2023 às 11h12 | Espaço do Leitor

Já afirmaram ter por aí alguns times que possuem mantos, ao invés de simples camisas de uniforme. Sem entrar no mérito de que para tal afirmação caberiam fatos relevantes para a mesma tornar-se verossímil, só posso dizer – com toda a certeza esportiva e metafísica, transposta por 127 anos de uma história marcada por conquistas épicas e “milagrosas” – que só um desses mantos é sagrado: o do Flamengo. 

Mais que um clube, uma religião rubro-negra composta por cerca de 50 milhões de ardorosos fiéis envergando, com paixão e orgulho, o “manto dos milagres”.

O Flamengo é como um clássico filme de época em constante looping de final feliz e reprises.  Um roteiro surreal transformado em realidade sob a interseção de São Judas Tadeu e as bênçãos do Divino.

Milagre! Qual clube no mundo tem mais a seu favor essa “transgressão de uma lei da Natureza pela vontade de uma Divindade”? Quem tem mais a cumplicidade das forças invisíveis? A resposta natural é: o Flamengo! Uma entidade acima da esfera esportiva.
 
Uma poderosa manifestação de fé capaz de alcançar as mais “impossíveis” proezas. Por isso é que o manto sagrado rubro-negro é ungido e derruba todas as barreiras, deixando outrora soberbos adversários inertes e incrédulos.

Nelson Rodrigues já escreveu que para o Mais Querido a camisa (manto) é tudo. Porque "bastará a camisa aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável”.

Essa é a magia que permeia o imaginário da nação, tocando fundo no peito e acendendo a alma com a mais flamejante chama da paixão. Assim, a cada novo lindo manto apresentado, um frisson toma conta do Brasil.  

Eis mais um “milagre” do manto, levar até os menos economicamente favorecidos a não só desejar como também arranjar uma forma de auto presentear-se com o objeto de intensa admiração. 

Que o novo (e lindão) manto 2023.1 continue com seus abençoados milagres levando o Flamengo aos mais altos postos das conquistas e orbitando pela glória eterna. Amém!

Por Luiz Hélio Poeta

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