Preso preventivamente na Espanha após ser acusado de estupro, Daniel Alves não é mais jogador do Pumas. O presidente do clube mexicano, Leopoldo Silva, anunciou, nesta sexta-feira (20), a rescisão de contrato com o lateral-direito de 39 anos.
"Com esta decisão, o clube reitera seu compromisso de não tolerar atos de nenhum integrante da nossa instituição que atentem contra o espírito universitário e seus valores", diz o presidente, em comunicado lido para a imprensa.
"Não podemos permitir que a conduta de uma pessoa prejudique nossa filosofia de trabalho, que é exemplo ao longo da história na formação e desenvolvimento de jovens esportivos em nosso país", completou.
Daniel Alves fez 13 partidas com a camisa do Pumas, onde chegou em julho do ano passado, e deu quatro assistências. O último jogo foi no dia 8 de janeiro.
O jogador foi detido em Barcelona após prestar depoimento sobre a acusação de ter agredido sexualmente uma mulher, de 23 anos, numa boate na cidade catalã.
A Justiça espanhola acatou um pedido do Ministério Público pela prisão preventiva do atleta, sem direito a fiança.
Em depoimento, a suposta vítima alega ter sido estuprada no banheiro da área VIP da casa noturna.
A jovem foi atendida em uma sala da boate, e o responsável pela casa noturna acionou a polícia e a ambulância, que a transferiu para o Hospital Clínic. Os exames médicos apontam algumas lesões compatíveis com a agressão.
Dois dias depois, ela levou o laudo médico para a polícia e denunciou os fatos. Também foi entregue à corporação um vestido que ela usava na noite de 30 de dezembro. O caso passou a ser investigado pela Unidade Central de Agressões Sexuais (UCAS), que revisou as câmeras de segurança.
Daniel Alves negou as acusações no dia 5 de janeiro. "Primeiramente, gostaria de desmentir tudo. Eu estive nesse lugar (casa noturna), com mais gente, aproveitando. Todo mundo que me conhece sabe que eu adoro dançar. Eu estava aproveitando, mas sem invadir o espaço dos demais. Sempre respeitando o entorno, afirmou.
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