A atenção à saúde da mulher é um tema de suma relevância. Com a chegada de campanhas como Janeiro Verde, que acontece no mês de combate ao câncer de colo de útero, este assunto retoma o protagonismo, expondo a urgência da promoção de espaços de discussão sobre a saúde preventiva. Atenta a isto, a equipe do Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), realizou, na última segunda-feira (16), uma roda de conversa sobre prevenção e acesso aos direitos das mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS).
Proferida pelo assistente social Luan Costa, a palestra alcançou as pacientes que aguardam atendimento na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do HRJ e teve como foco os procedimentos, direitos e formas de acesso aos serviços públicos de saúde. Além disso, através da abordagem foi possível compartilhar orientações sobre as ações necessários para a atenção à qualidade de vida. "Exames preventivos, vacinação, planejamento reprodutivo e proteção contra infecções sexualmente transmissíveis foram algumas das temáticas abordadas", explicou Luan.
Integrante do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher da Universidade de Pernambuco (UPE), ele afirma que levar temas como estes para o centro das discussões não só garante o direito ao conhecimento, como a formação de multiplicadores: "É interessante conversarmos sobre o assunto e desconstruirmos alguns tabus para tentar promover a saúde entre as mulheres do nosso convívio. O outro pode não ser uma mulher, mas, com certeza, convive com mulheres e também adquire esse papel".
De acordo com o profissional, os exames de rastreio e o cuidado preventivo são algumas das principais maneiras de evitar o desenvolvimento de enfermidades, como doenças cardiovasculares, osteoporose e até mesmo a depressão. Além destas, as doenças ginecológicas também estão na lista, a exemplo do câncer de colo de útero. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o não acesso aos métodos preventivos, como a vacina e o exame do Papanicolau, mantém este câncer na terceira posição entre os mais comuns entre as mulheres.
"A maioria das pessoas vive essa realidade de começar o tratamento tardiamente. São pessoas mais vulneráveis, que não têm recursos financeiros para fazer esses exames de rastreio e que, muitas vezes, não tiveram um desenvolvimento educacional que possibilite esse alcance. Então, compete também aos profissionais e às instituições de saúde contribuir para a mudança dessa realidade", explica o assistente social.
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