O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou, nesta terça-feira (10), que os criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, querem que a prisão seja uma “colônia de férias”.
“Não achem esses terroristas que até domingo faziam badernas e crimes e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias, não ache que as instituições irão fraquejar”, disse Moraes.
“O poder judiciário, o Supremo Tribunal Federal, e tenho absoluta certeza, no apoio dentro da legalidade, da Constituição da Polícia Federal, as instituições irão punir todos”, completou.
A declaração foi dada durante a posse do novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), o delegado Andrei Rodrigues.
Segundo Moraes, as instituições são feitas não “só de mármores, cadeiras e mesas”. “As instituições são feitas de pessoas, de coragem, de cumprimento da lei”, completou.
O ministro também declarou que “é preciso combater as pessoas antidemocráticas que querem regime de exceção” e pontuou que pessoas que pedem golpe não são civilizadas.
Ele também disse que a ideia de apaziguamento ou é por covardia ou interesses próprios.
“O que nós temos que combater firmemente, o terrorismo, nós temos que combater firmemente as pessoas antidemocráticas, as pessoas que querem dar o golpe, que querem um regime de exceção.”
“Não é possível conversar com essas pessoas de forma civilizada. Essas pessoas não são civilizadas. Basta ver o que fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e, com muito mais raiva e ódio, no Supremo Tribunal Federal”, criticou o ministro.
Moraes afirmou ainda que a Polícia Federal tem tarefas importantes, como cuidar das fronteiras, do tráfico internacional de drogas, tráfico de pessoas, combate à corrupção e desmatamento.
Invasão em Brasília
No domingo (8), criminosos furaram um bloqueio policial, invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, em Brasília: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na segurança pública no Distrito Federal. Após isso, Moraes determinou o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) pelo prazo de 90 dias.
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