O presidente da Jovem Pan, o empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (9), após o Ministério Público Federal (MPF) instaurar um inquérito civil contra a emissora.
De acordo com informações do portal UOL e da CNN, a Jovem Pan foi acusada nas redes de fomentar os atos de terrorismo em Brasília (DF).
Segundo nota divulgada pelo Ministério Público, “o foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país”.
O MPF também afirmou que “o órgão realizou levantamento ao longo dos últimos meses e detectou que a Jovem Pan, a princípio, tem veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional, em um período que coincide com a escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o país” e que a programação “minimizou o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes”.
Com a saída de Tutinha, assume a presidência da emissora de rádio e TV o então CEO da Jovem Pan, Roberto Araújo.
Desde a estreia da Jovem Pan, em outubro de 2021, os comentaristas são apontados como propagadores de fake news, incentivadores de atos bolsonaristas e amplificadores do discurso golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas, STF e o resultado eleitoral.
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