O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o termo de posse, em 1º de janeiro de 2023, com uma caneta especial. De acordo com ele, trata-se de um presente que ele recebeu durante a campanha presidencial de 1989, dado por um eleitor piauiense. O chefe de estado telefonou para o militante petista na noite desta quarta-feira (4), conforme informações do portal UOL.
"Em 1989, eu estava fazendo um comício no Piauí. Foi um grande comício. Depois, nós fomos caminhar até a Igreja São Benedito e, ao terminar o comício, um cidadão me deu essa caneta e disse que essa caneta era para eu assinar a posse, se eu ganhasse as eleições de 89. Eu não ganhei as eleições de 89, eu não ganhei em 94, eu não ganhei em 98", contou Lula na posse.
O eleitor foi identificado como Fernando Menezes, filiado ao PT desde 1985. Ele morava em Teresina em 1989, mas hoje reside em Altos.
O assunto gerou polêmica depois que internautas disseram que seria possível reconhecer, por meio de fotos e vídeos, que a caneta usada por Lula na posse é um modelo da marca Montblanc lançado em 2002 —e, portanto, não poderia ter sido presenteado em 1989. Menezes, entretanto, garantiu ao UOL que trata-se da mesma caneta.
“Eu vi a caneta de perto, no telefone, era a caneta que eu comprei. [...] Cheguei em um boteco, tinha a caneta pendurada em preta, vermelha e azul. Eu não tinha dinheiro, só dava para comprar uma azul e uma preta. Tinha a cor, mas só escrevia azul. Tinha cabo vermelho, preto e azul, mas só escrevia azul. Me lembro, comprei duas”, afirmou Menezes.
O apoiador de Lula relatou ainda que pediu ao presidente atenção à construção do porto do estado e à modernização da Universidade Federal do Piauí, que, segundo ele, está sucateada.
“Vou cobrar [melhorias]. Eu disse que ia cobrar, que usasse a caneta para o bem do Piauí. Falei da fome, de acabar com a fome, miséria, pobreza. Falei essas coisas para ele”, disse o militante petista.
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