O vice-presidente Hamilton Mourão disse à CNN que não pretende responder às críticas ao seu discurso de final de ano, em cadeia nacional de televisão e rádio, na noite de sábado (31).
“Sem comentários”, disse o general da reserva, que assumiu o mandato neste domingo (1º) de senador pelo Rio Grande do Sul.
Mourão assumiu como vice-presidente, e presidente em exercício com a ausência de Jair Bolsonaro, até a solenidade de posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.
No discurso institucional, Mourão destacou que a alternância do poder em uma democracia “é saudável e deve ser preservada” e citou o silêncio de líderes que deixaram que no país se criasse um “clima de caos”, sem citar nomes.
“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe”, disse.
A fala foi interpretada por aliados de Jair Bolsonaro como uma indireta, já que o presidente demorou mais de um mês para reconhecer a derrota na campanha eleitoral deste ano.
Na noite de 31 de dezembro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestaram nas redes sociais após o discurso feito pelo vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), com críticas, mas sem citar diretamente o militar.
Eduardo disse que a cada momento crítico, “mais máscaras caem”, e postou a foto de um emoji de cocô:
Carlos disse que não era “nenhuma novidade”.
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