Mais uma vez, é tempo de renovar as esperanças por dias melhores. Quem sabe se o emblemático 2022 de tantas expectativas não passa para a história como um divisor de águas?
Quem sabe se não é chegada a hora do renascimento do Brasil, sob a égide das “good news”, das “true news”, sepultando as “fake news”, que junto com a pandemia da Covid, emolduram essa quadra que se abateu sobre nós com tamanha violência que não cabe num único volume nas prateleiras dos museus do amanhã.
Nesse momento de reflexão que marca a passagem de cada ano, oportunidade para rever conceitos e preconceitos, perdoar para ser perdoado, lembrando que o tempo não passa, nós é que passamos, somos finitos na nossa efêmera existência terrena, muito curta para dizer a nós mesmos e aos que nos cercam a que viemos e para onde vamos, observando que pensamentos não revelados podem mudar, sem a necessidade de divulgação a terceiros, senão a si próprio, diferentemente de palavras e obras, como flechas disparadas, são imutáveis, não voltam mais para o arco de quem as dispara.
No contexto esotérico, as previsões astrológicas alertam, confirmando as evidências, de que o novo ano será marcado por instabilidade, radicalismos e incertezas, nas finanças e na saúde, como se a essa altura dos acontecimentos, ainda tivéssemos fôlego para suportar a continuidade de tamanhas adversidades, que nos surpreenderam neste inicio do século XXI.
Como resposta, e na condição de católico devoto de São Francisco de Assis, recorro e divido com todos os Brasileiros a prece do seu santo legado.
“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve amor.
Onde houver ofensa, que eu leve perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve verdade.
Onde houver desespero, que eu leve esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz!”.
A oração acima, reveste-se de uma impressionante adequação ao momento que estamos enfrentando, marcado pelo Ódio, Ofensa, Discórdia, Dúvida, Erros, Desespero, Tristeza, Trevas, quase à recomendar uma contrição, como o arrependimento sincero e completo dos pecados cometidos, dando uma chance à absolvição dos mesmos.
Talvez seja bom lembrar, que o ano de 2022 traz consigo uma importante referência, representada pelos 200 anos de nossa independência, motivo de comemoração, que infelizmente, corre o risco de ter os seus festejos ofuscados pelo conjunto do drama nacional sem precedentes, merecendo uma atenção maior dos mecanismos de proteção elencados na nossa Constituição.
Os diuturnos sustos com que temos sido contemplados, de tão exóticos, recomendam à um hipotético gabinete de crises a presença de profissionais, além de economistas, advogados, políticos e militares,também de profissionais da psiquiatria, para ajudar no socorro à Nação, pelo menos para sinalizar que no bicentenário de nossa independência, tivemos a maturidade da adoção das providências cabíveis em momento tão delicado.
Como a esperança é a ultima que morre, não será desta feita que vamos entregar os pontos, transformando 2022 não como o encerramento, mas como um recomeço, ponto de partida para o tricentenário de nossa Independência.
Feliz Ano Novo!
Gregório Maranhão Consultor de Empresa
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