Artigo - Um adjetivo chamado Pelé e a mística da camisa 10

31 de Dec / 2022 às 23h00 | Espaço do Leitor

Em 23 de outubro de 1940, na cidade de Três Corações em Minas Gerais nascia Edson, uma alusão ao inventor da lâmpada, uma especie de homenagem prestada por seu Dondinho, pai de Pelé. Naquele momento ninguém poderia imaginar que chegava ao mundo o maior jogador de todos os tempos.

De criança para a fama não demorou tanto, pois, já em 1955, com 15 anos, Pelé vestia a camisa do Santos Futebol Clube. Foi a partir de Pelé que o time Paulista se tornou conhecido mundialmente, conquistando varios titulos sob a batuta do Rei.

No Santos Pelé ganhou competições nacionais, vários títulos estaduais, bi da Libertadores e bi mundial de clubes. Chegou á seleção brasileira para ser campeão. Ninguém conseguiu o feito de Pelé que marcou 1282 gols e conquistou três Copas do Mundo, antes dele o Brasil não havia conquistado nenhuma Copa do Mundo.

Para se ter uma ideia da genialidade e competência de Pelé, ele simplesmente ganhou três Copas do Mundo em 12 anos, entre 1958 e 1970 (1958 na Suécia, 1962 no Chile e 1970 no México).

Então, PELÉ se transformou  no Rei do futebol, seu nome foi se multiplicando por toda parte do mundo, em cada apelido dado a um garoto bom de bola, passando de nome próprio para adjetivo aludido sempre ao melhor: "Pelé do trânsito", "Pelé da musica" , "Pelezinho" e por aí vai.

Foi a partir de Pelé  que surgiu a mística da camisa 10, uma vez que, os números dos jogadores eram colocados numa ordem continua e posicional,  começando com o 1 do goleiro até o 11 do ponta esquerda. Depois que Pelé vestiu a camisa 10, só os craques poderiam utilizá-la, sempre o melhor do time: Zico no Flamengo, Platini na França, Maradona na Argentina, Messi em qualquer equipe que jogar, Rivaldo na seleção brasileira, entre tantos.

Em 1969, Pelé foi responsável por uma trégua numa guerra interna na Nigéria, o Governo daquele país o convidou como mensageiro da paz, que  reinou enquanto a bola rolava entre o Santos de Pelé e uma seleção local. Mesmo ano em que atingiu a marca de mil gols, num feito magnífico registrado no Maracanã diante do Vasco da Gama.

A partida de Pelé será uma separação física, pois, ele sempre existirá, em cada lance bonito, em cada drible  de beleza plástica, em cada gol, na paixão que cada um sente pelo futebol e no coração do povo.

Tony Martins - Radialista e Pedagogo

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