Entidades da sociedade civil, associações acadêmicas, profissionais, pesquisadores e ativistas assinam manifesto contra a entrega do Ministério das Comunicações ao União Brasil.
O documento defende que o novo governo reconheça o caráter estratégico da área das comunicações e indique para a pasta quadro comprometido com uma agenda democrática.
“Saímos de mais uma eleição em que ficou nítida a influência da mídia e das plataformas digitais no debate público. A partir desses espaços, o bolsonarismo foi urdido, alcançou a Presidência da República e criou um sistema político e cultural que, à base de muita desinformação, segue ameaçando a democracia. Para mudar esse cenário, é preciso encarar as comunicações como estratégicas, não como moeda de troca política”, diz o texto.
A carta indica que a possibilidade do nome do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) foi recebida com alegria. “Se queremos enfrentar o fascismo, não podemos abrir mão da disputa da comunicação. E isso significa manter o Ministério das Comunicações no campo progressista”, conclui o manifesto.
Entre as entidades da sociedade civil estão o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD) e movimentos sindical (Central Única dos Trabalhadores), do campo (Movimento de Mulheres Camponesas), e LGBTQIA+ (ABGLT), entre outros. Entre as associações acadêmicas estão as principais da área das comunicações: Socicom, Intercom e Compós. O texto foi endossado por mais de 250 profissionais, pesquisadores e ativistas das comunicações e de outras áreas.
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