Conselho Estadual de Saúde defende que não seja gasto dinheiro público com realização de festas em cidades com situação de emergência declarada

29 de Dec / 2022 às 11h00 | Variadas

O Conselho Estadual de Saúde (CES), órgão que fiscaliza e delibera o SUS, defende que não seja gasto dinheiro público com realização de festas em cidades com situação de emergência declarada e cobra às prefeituras baianas que deem o devido suporte para recuperação das cidades que estão em situação de emergência e que foram afetadas pelas chuvas.

Essa orientação deve ser seguida enquanto durar o estado de calamidade dos municípios.

"O dinheiro público precisa ser investido na reconstrução da cidade e no cuidado a saúde da população, não em festas. Além da infraestrutura dos municípios não estarem em condições de receber comemorações desse porte, a população não tem condições emocionais para comemorar diante de tantas perdas", afirma Marcos Sampaio, presidente do Conselho Estadual de Saúde.

Diante dos impactos causados pelas chuvas em cidades baianas, o Conselho afirma que é essencial em situações como essa, que a população seja informada antecipadamente sobre os riscos de alagamentos, para que possa estar preparada e pôr em prática estratégias de prevenção e enfrentamento às enchentes, estratégias essas que devem ser orientadas pelas devidas prefeituras e órgãos responsáveis.
 
De acordo com informações do Inema, 102 cidades baianas estão em situação de emergência. São elas: 02 estão com decreto de Situação de Emergência (SE), são eles: Aiquara, Alagoinhas, Alcobaça, Aracatu, Arataca, Aurelino Leal, Baixa Grande, Barra da Estiva, Barra do Choça, Barra do Rocha, Barro Preto, Belmonte, Belo Campo, Boa Nova, Brejões, Buerarema, Caatiba, Cachoeira, Caetanos, Canavieiras, Caravelas, Cardeal da Silva, Cícero Dantas, Coaraci, Contendas do Sincorá, Dário Meira, Encruzilhada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Fátima, Firmino Alvez, Guaratinga, Ibicaraí, Ibicuí, Ibipeba, Ibirapitanga, Ibirapuã, Igaporã, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Irajuba, Itabuna, Itacaré, Itagibá, Itaju do Colônia, Itajuipe, Itamaraju, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itapitanga, Itaquara, Itarantim, Itororó, Ituaçu, Jequié, Jiquiriça, Jitaúna, Jucuruçu, Jussari, Lafaiete Coutinho, Maiquinique, Manoel Vitorino, Maracás, Marcionílio Souza, Mascote, Medeiros Neto, Miguel Calmom, Milagres, Mirante, Mutuípe, Nova Itarana, Nova Soure, Nova Viçosa, Olindina, Pau Brasil, Piripá, Planalto, Poções, Porto Seguro, Prado, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz da Vitória, Santa Luzia, São Félix, Tanhaçu, Teodoro Sampaio, Ubaitaba, Ubatã, Vereda, Vitória da Conquista, Wenceslau Guimarães, Tremedal, Lagedo do Tabocal e Conceição do Jacuípe.

O presidente do CES, Marcos Sampaio, também afirma que enviará ao Ministério Público um ofício solicitando a atenção e cobrança dos prefeitos. "Não podemos deixar a população a mercê da sorte, é necessário que a prefeitura de cada cidade avalie a situação e dê o suporte necessário para a reconstrução de cada família que perdeu seus bens pessoais, seus negócios", afirma.

Ao prefeito é sensibilizando e pedindo que não seja gasto dinheiro público em festas, e ao MP é preciso que fiscalize e tome medidas para que a saúde e assistência à população seja priorizada.

Ascom Foto Ilustrativa

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