Edir Macedo, bispo da Igreja Universal e proprietário da Record, foi alvo de uma notícia-crime após realizar um discurso com teor homofóbico em culto da véspera de Natal. A ação foi protocolada por duas instituições: Aliança Nacional LGBTI+ e Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFAH).
Além de dizer que é o mundo que transforma as pessoas em LGBTQIA+, o bispo estabeleceu uma relação de equivalência entre "ladrão', "bandido" e homossexuais. “Você não nasceu mau. Ninguém nasce mau. Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém homossexual ou lésbica…ninguém nasce mau. Ninguém nasce mau, todo mundo nasce perfeito com a sua inocência, porém, o mundo faz das pessoas aquilo que elas são quando elas aderem ao mundo”, discursou em pregação exibida pela TV Record.
O presidente da Aliança Nacional LGBTI+ , Toni Reis, repudiou a fala do religioso. “Comparar homossexualidade a ser bandido é um discurso de ódio e não Podemos tolerar isso. Que Macedo responda na forma da lei”, disse.
Coordenadora da área jurídica da instituição voltada aos direitos da população LGBTQIA+, Amanda Souto afirmou que o fato se torna ainda mais grave porque o bispo utilizou um dos maiores canais de televisão do país para propagar discurso de ódio. "É especialmente perverso usar um dos maiores canais de TV do país, em horário nobre, durante uma das principais datas comemorativas do país, para propagar o ódio", pontuou.
O Correio tentou contato com a assessoria da Igreja Universal e pediu um posicionamento acerca do caso. No entanto, até a publicação desta matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto.
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