A ida da senadora Simone Tebet (MDB) para o Ministério do Planejamento já é dada como certa, nos bastidores, tanto por integrantes da cúpula do MDB quanto pelo entorno de Lula.
Resistente a aceitar a pasta no início, Tebet relatou a aliados que mudou de ideia após Lula e o PT aceitarem discutir a possibilidade de agregar novas competências à pasta.
Tebet, então, apresentou seus pedidos. Entre eles, o de transferir a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o Ministério do Planejamento.
Aliados de Lula, no entanto, dizem que o presidente eleito não aceita transferir a Caixa e o BB. Historicamente, os dois bancos públicos são vinculados ao Ministério da Fazenda.
Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) atua contra essa transferência. Segundo aliados, o ex-prefeito de São Paulo considera essa demanda de Tebet “absurda”.
A interlocutores, no entanto, Haddad disse não ter qualquer objeção ao nome de Tebet, desde que, claro, os dois maiores bancos públicos continuem subordinados à Fazenda.
O Ministério do Planejamento atua em parceria praticamente constante com a pasta da Fazenda. Por isso, a relação entre Tebet e Haddad precisa ser de harmonia, de acordo com aliados do petista.
No caso do PPI, aliados de Lula dizem que há chances de o programa ser transferido para o Planejamento. Até então, a ideia do presidente eleito era alocá-lo na Casa Civil.
Nessa segunda-feira (26/12), as negociações foram tocadas pelo presidente do MDB, Baleia Rossi. Tebet só chega à Brasília depois das 23h. A senadora e Lula devem se encontrar nesta terça-feira (27/12) para bater o martelo.
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