O continente africano sempre revelou muitos craques para o futebol, mas o máximo que chegaram em copas do mundo, antes da surpresa de 2022, foi nas quartas-de-final.
Hoje (14/12), Marrocos disputou a vaga para final contra a atual campeã, França. Mas esse jogo vai além do resultado, ele representa uma nova era no futebol internacional e uma faísca de alegria para a história do futebol em Marrocos, na África e para os países árabes.
Marrocos é um país do norte da África e se distingue por causa das diversas influencias árabes e europeias no país. No entanto, o país representa mais do que somente a sua nação, mas também um continente inteiro.
O número de vagas para o continente africano são somente cinco, pouquíssimos times dentro de um torneio chamado “Copa do Mundo”. A maioria dos times africanos tem poucas chances e menos técnica que as seleções europeias ou sul-americanas, por conta do pouco investimento dentro do futebol local e com o grande número de jogadores que buscam a nacionalidade de países europeus, ou seja, a história de Marrocos na copa do mundo passa as fronteiras das quatro linhas.
A dominação europeia no continente africano acontece até hoje, o exemplo está dentro do futebol. Mais da metade do time adversário de Marrocos, a França, tem descendência ou nasceram em território africano, eles logo são levados a se nacionalizarem franceses e assim recebem a assistência necessária para desenvolver seus talentos.
Mas a zebra do campeonato e semifinalista da copa do mundo joga seu futebol de forma objetiva, tem uma defesa consistente e um meio campo que constrói ótimos contra-ataques e para finalizar tem jogadores competentes. As estrelas do time como o habilidoso Ziyech, o lateral que todo torcedor queria em seu time, Hakimi, o volante armador e defensivo, Amrabat e o grande e sorridente goleiro, Bounou, dão esperanças para a conquista do primeiro título de copa do mundo para a África, como também são os queridinhos dos brasileiros que não querem ver a Argentina campeã e nem mesmo a França se aproximando no número de títulos.
Por João Pedro Tínel
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