Juazeiro no Norte da Bahia está vivenciando um dos períodos úmidos com maior precipitação nos últimos anos. O período chuvoso que se inicia em novembro e se estende até março traz alívio para o homem do campo, mas uma série de transtornos para os que residem na área urbana.
Muitos desses transtornos são causados pela falta de infraestrutura em alguns bairros, notadamente da periferia, mas também pela contribuição ativa de alguns munícipes que não exercem no cotidiano o papel de cidadão.
Muito se fala que os cidadãos tem direitos e deveres, mas em Juazeiro geralmente alguns só enxergam os seus interesses e esquecem o coletivo. Na manhã desta quarta-feira (07) o juazeirense Carlos Henrique (Babalu) chamou à atenção da reportagem da Rede GN sobre o material que foi atirado às margens do canal que corta os bairros Jardim Vitória e Jardim Flórida, proximidades do Condomínio Jardim Vitória.
“Um absurdo que parte da população jogue colchão, sofás e outros materiais próximo aos córregos podendo provocar a obstrução dos canais e consequentemente a invasão das residências vizinhas pelas águas das chuvas. Depois querem cobrar da prefeitura!” lamentou.
A gestão do SAAE (Serviço de Água e Saneamento Ambiental argumenta que parte dos pontos de alagamento poderia ser evitado se o descarte fosse efetuado de forma correta.
Os resíduos que são descartados de forma incorreta acabam entupindo as galerias e dificultando o escoamento da água, provocando os alagamentos.
Em contato com a Assessoria de Imprensa do SAAE este manteve contato com a Coordenação dos Resíduos Sólidos da Autarquia Municipal que informou que ainda não existe nenhum tipo de sanção para pessoa física que descarta lixo e entulho de forma irregular, apenas para os estabelecimentos comerciais.
O Coordenador Municipal da Defesa Civil Ramiro Cordeiro também em contato com a reportagem da Rede GN defendeu a aprovação de uma Lei que puna os infratores no descarte irregular de lixo. “Neste processo de limpeza retiramos inúmeros colchões, garrafas pet e sofás proximidades da Barragem de São Geraldo. Tem que punir esses infratores se não, o trabalho da prefeitura não vale de nada” justificou Ramiro Cordeiro.
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