O remédio Paxlovid, comprovadamente eficaz contra a Covid-19, pode acabar restrito às camadas mais abastadas da sociedade devido aos altos preços com que deve chegar às farmácias.
Se seguir a mesma média de países como Estados Unidos e França, cada tratamento – que dura cinco dias – custará cerca de R$ 2.700.
O medicamento da Pfizer foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março e, em maio, a distribuição no SUS (Sistema Único de Saúde) foi validada. Após as negociações, foram encomendadas apenas 100 mil doses do remédio para distribuir a toda a rede pública. Na época, a Pfizer informou ter “capacidade de produção suficiente” para atender “às necessidades brasileiras”.
Com eficácia de 89% contra hospitalizações e morte de idosos e pessoas com baixa imunidade, o medicamento foi aprovado nos Estados Unidos em dezembro de 2021. Um mês antes, o governo norte-americano já anunciava a compra de 100 milhões de doses. No país, cada tratamento custou US$ 530 (R$ 2.700, na conversão atual). Na França, saiu por R$ 2.800. Para o vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Alexandre Naime, tudo indica que “vai se criar um mercado elitizado” no Brasil se a oferta pública do Paxlovid não aumentar.
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