A última seleção a desembarcar no Catar. A última a estrear na Copa do Mundo 2022. Nem sempre é ruim ser a última. Principalmente se também for a última a deixar o Oriente Médio, carregando consigo aquilo que as outras 31 nações querem: a taça.
Ela, que já foi erguida cinco vezes por mãos brasileiras. De Bellini a Mauro, passando por Carlos Alberto Torres, Dunga e Cafu. A saga pela sexta estrela começa nesta tarde, em Lusail, a partir das 16h (horário de Brasília), contra a Sérvia, pelo Grupo G. Se faltava algo na Copa, agora não falta mais. Afinal, hoje é dia de Brasil.
O técnico Tite não divulgou a lista de titulares, mas especula-se que o Brasil pode ter uma escalação inédita, com uma formação testada apenas uma vez, em um amistoso contra Gana, mas com peças diferentes nas laterais - saem Eder Militão e Alex Telles, entram Danilo e Alex Sandro.
O esquema deve ter a novidade da entrada de Vinícius Júnior na ponta esquerda de ataque, pegando a vaga de Fred. Sendo assim, o meio ficaria apenas com Casemiro e Lucas Paquetá, mais recuado. Neymar também mudaria seu posicionamento, ficando mais centralizado. Raphinha, pela direita, e Richarlison, de centroavante, completam o setor ofensivo. Na defesa, além dos laterais citados, estarão Alisson, Marquinhos e Thiago Silva, esse último como capitão.
"Aos 38 anos, estou atravessando uma das melhores fases da minha carreira. Peço à torcida que confie na gente. Estamos prontos para fazer uma grande Copa do Mundo", disse Thiago. O zagueiro vai para sua quarta Copa do Mundo. A terceira em que terá a braçadeira de capitão, embora em 2018 o Brasil tenha revezado a honraria.
Além do defensor, a equipe tem outros remanescentes de mundiais passados, como Alisson, Marquinhos, Casemiro, Neymar e o próprio Tite. O segundo treinador a ganhar a oportunidade de comandar a Seleção no torneio após tropeçar em uma edição anterior. O primeiro foi Telê Santana, em 1982 e 1986. Chance de recolocar o Brasil no topo após 20 anos sem conquistar a competição.
"Tem pressão, mas também tranquilidade de saber das oportunidades que surgem na vida. Sonhar faz parte. Sonhamos em ser campeões", frisou o treinador, atento para as zebras que estão rolando na Copa até o momento, como nas derrotas de Argentina e Alemanha para Arábia Saudita e Japão, respectivamente.
“Serve como análise, sim. Como reflexão. Não há grandeza, nem facilidade maior ou menor. Talvez este seja o grande aspecto. Não tem marca, não tem grife. Tem o orgulho de cada país em fazer seu melhor”, salientou.
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