O serviço rodoviário de transporte coletivo de passageiros de abrangência intermunicipal e interestadual responde pela maior parte dos deslocamentos realizados nas cidades brasileiras.
Existe uma dificuldade em regulamentar critérios e normas que possibilitem um equilíbrio entre os interesses do órgão gestor, empresas operadoras e usuários, o que implica, dentre outros impactos a perda da qualidade do serviço prestado.
O Terminal Rodoviário de Passageiros (rodoviária) de Juazeiro e o seu entorno precisa ser repensado (a), a fim de que possa ganhar uma nova dimensão, com relevância para a microrregião do Sertão do São Francisco, servindo de apoio a outros municípios circunvizinhos - Uauá, Curaçá, Sobradinho, Casa Nova e Sento Sé, visto que num raio de aproximadamente 100 km, no território baiano, não existem tais equipamentos com rotas abrangentes de caráter estadual ou interestadual.
Além dos negócios tradicionais que gravitam dentro e no entorno de um terminal rodoviário, os novos negócios irão surgir, gerando novas oportunidades de emprego renda para o município e região.
Os terminais rodoviários são fundamentais para uma experiência de qualidade. Não é necessário apenas oferecer aos passageiros ônibus novos, confortáveis e limpos. Dessa forma, abre-se aqui, um parêntese para parabenizar a empresa ROTA que está prestando um excelente serviço à população da região que precisa se deslocar para Feira de Santana e Salvador ou vice-versa.
No caso do nosso terminal rodoviário, é preciso que façamos um passeio virtual e presencial pelo caminho até chegarmos ao ônibus: cheio de barreiras e inconvenientes, tais como ausência de um bom acesso, iluminação precária, serviços ruins, sem paisagismo, depredados ou expostos à insegurança e às variações do clima, além das famosas muriçocas que permeiam constantemente aquele ambiente. Um projeto já defasado para os dias atuais, pela importância socioeconômica de Juazeiro e região.
Assim, é impossível falar em melhoria do serviço sem considerar a importância da chamada infraestrutura de embarque e desembarque. Parece-me que a preocupação e o bem-estar com a nossa população no que diz respeito à estação rodoviária foi de apenas de um único gestor público municipal, o ex prefeito Jorge Khouri através do Projeto CPM – BIRD que priorizou, projetou e inaugurou o nosso terminal rodoviário na década de 80.
Esse mesmo terminal que ainda nos atende com praticamente a mesma estrutura de quase quarenta anos atrás, salvo por algumas poucas intervenções de manutenção mínima ao longo dessas quatro últimas décadas. A gestão dessas estruturas é administrada pelo poder público.
Surgem, então, os nossos questionamentos: Devemos continuar desprezando o nosso terminal rodoviário? Existe um projeto de requalificação? É possível a sua privatização?
Rinaldo Moraes - Professor da FACAPE; Empreendedor e Sócio da empresa de Consultoria RM Moraes; Atuou por 28 anos no Sebrae/BA, na Coordenação de Unidades de Negócios Regional e Gestão de Projetos; Mestrando pelo Programa PPGDiDeS –UNIVASF; Especialização em Gestão de Recursos Humanos pela FACCEBA – Faculdade Católica de Ciências Econômicas da Bahia; Pós Graduado no Programa de Formação de Consultores de Empresas de Pequeno Porte -FOCO pela USP -Universidade de São Paulo; Graduação em Administração de Empresas pela Autarquia Educacional do Vale do São Francisco Facape, Petrolina- PE.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.