Irradiação de Alimentos na Defesa do Clima e Contra a Fome – avanços e tecnologias foi o tema do painel em que o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS).
O evento integra o XII Seminário Internacional de Energia Nuclear, realizado na sede da Firjan. Com o tema “A Energia Nuclear – Amiga do Clima, do Homem e do Planeta” o evento teve como objetivo debater o futuro da geração de energia nuclear como estratégia para conter os impactos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo.
O homem, segundo os relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e da Agência Internacional de Energia, é o principal responsável pelas mudanças climáticas em todo o planeta e precisa vencer essa corrida contra o tempo para impedir que o aumento da tempera supere 1,5°C.
Para que haja uma economia de baixo carbono, a Transição Energética é o caminho e a tecnologia nuclear vem se apresentando como parceira nesse processo, pois contribui muito em diversas áreas.
Além de diversos benefícios, a tecnologia ajuda a reduzir o desperdício e a fome no planeta, que tendem a crescer com as mudanças climáticas.
A irradiação de alimentos não é uma tecnologia, entretanto ainda é pouco utilizada no Brasil. Atualmente, essa tecnologia é vista como uma importante ferramenta para o agronegócio brasileiro, tanto para o mercado consumidor interno quanto para a cadeia exportadora.
A superintendente federal de Agricultura no Estado de São Paulo, Andréa Moura, participou junto com o presidente da Abrafrutas, do painel que foi realizado de forma hibrida. Moura afirmou que irradiação permite conservar os produtos do agro por mais tempo, evitando perdas e desperdício, o que pode ser considerado estratégico em um contexto de pressão demográfica por alimentos no Brasil e no mundo, além da eliminação de patógenos eventualmente presentes em alimentos e que podem causar doenças nos consumidores.
Moura apresentou ainda ações adotadas pelo Mapa para fomentar a irradiação na agropecuária, além da elaboração de um plano de negócios para instalação sustentável de irradiadores multipropósitos no país. As ações também envolvem planos de comunicação para apresentar as vantagens competitivas ao setor produtivo e para desmistificar a tecnologia junto ao consumidor em geral.
Guilherme Coelho defendeu o uso de uma comunicação efetiva para desmitificar o uso da irradiação é algo prejudicial. Ele explicou que na fruticultura, a irradiação é uma tecnologia que pode aumentar o tempo de vida das frutas e, isso, é de extrema importância para o crescimento das exportações, assim como para o consumo. Além disso, favorece a abertura de novos mercados, automaticamente o aumento das vendas para mercados já consumidores dos produtos brasileiras.
Participou também do painel o diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Carlos Nabil Ghobril.
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