O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticou nesta quinta-feira (10) a reação do mercado financeiro a sua fala sobre o teto de gastos. Mais cedo, o petista questionou a necessidade da âncora fiscal e sugeriu que os gastos sociais ficassem de fora do teto de forma permanente.
Depois da declaração, o dólar disparou e fechou o dia a R$ 5,40, em uma alta de 4,09%. Essa foi a maior valorização diária desde março de 2020. Ao deixar o Centro Cultural Banco do Brasil, sede da equipe de transição, Lula foi questionado por jornalistas sobre a fala e afirmou que o mercado está mais “sensível” do que nunca.
“Eu nunca vi um mercado tão sensível quanto o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso com quatro anos de [Jair] Bolsonaro”, afirmou. Ao questionar o teto de gastos na manhã desta quinta (10), Lula disse que a “questão social” deveria ser a prioridade, e não o teto de gastos.
“Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos? É preciso fazer superávits? É preciso fazer tetos de gasto? Por que as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gasto não discutem a questão social do país?”, questionou Lula.
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