A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (9), nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia para desarticular organização criminosa responsável por esquema milionário de descaminho de vinhos.
A PF informou que, com o aprofundamento das investigações, mapeou os principais integrantes da organização criminosa e identificou que, de dezembro de 2020 a abril de 2022, o grupo movimentou mais de R$ 100 milhões.
Segundo a Polícia Federal, na ação, mais de 100 policiais federais executam oito mandados de prisão preventiva e 28 mandados de busca e apreensão nos estados. [
Também são executadas ordens judiciais para o bloqueio de veículos, bens imóveis e contas bancárias. A operação conta com o apoio da Receita Federal e da Polícia Militar da Bahia.
A investigação teve início em 2022, a partir da apreensão de uma carga de vinhos oriundos da Argentina, no município gaúcho de Horizontina, internalizados no Brasil sem a documentação legal.
A carga ilegal ingressava no Brasil pela fronteira noroeste do Rio Grande do Sul, em embarcações que usavam portos clandestinos na margem brasileira do Rio Uruguai para descarregar a mercadoria.
Posteriormente, o vinho era transportado para São Paulo e Bahia para ser comercializado. Durante as investigações, foram realizadas oito apreensões vinculadas à organização criminosa, que totalizaram mais de 17 mil garrafas de vinho.
A operação recebeu o nome de "Harry Houdini",em homenagem a um dos mais famosos escapologistas da história, por causa das habilidades de escapar de algemas, correntes, celas e prisões.
A PF explicou que os membros da organização criminosa buscavam escapar das ações fiscalizatórias das autoridades policiais da mesma forma para promover a entrada ilegal das milhares de garrafas de vinhos argentinos.
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