A convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo do Catar não teve surpresas, mas Daniel Alves ocupou a maior parte dos questionamentos ao técnico Tite e sua comissão, por ter sido chamado mesmo sem jogar pelo Pumas, do México, e ter que treinar no Barcelona B. Apesar das críticas, o jogador se pronunciou e afirmou que "as lágrimas que um dia foram de tristeza, agora são de alegria".
As lágrimas de tristeza ditas por Daniel Alves fazem referência a lesão sofrida antes da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, onde acabou cortado. Ele disputará o seu terceiro mundial com a seleção brasileira — também esteve presente em 2010 e 2014.
"Hoje é dia de vitória. Estou muito feliz, receber essa notícia me enche de orgulho e satifação. Quatro anos atrás, estávamos na mesma situação e acabei por uma lesão grave ficando de fora. As lágrimas naquele dia eram de tristeza e hoje são de alegria. Por isso, a frase clichê "nunca desista dos seus sonhos" é real e estou aqui para comprovar isso", declarou.
O lateral falou em luta, foco disciplina e abdicações no caminho para a disputa do Mundial e se referiu às críticas por sua convocação. "Não estamos aqui para agradar todo mundo, nem é meu objetivo. Estamos aqui para não falhar com aqueles que confiam na nossa entrega , na dedicação, no amor que sentimos por esse esporte, por vestir essa camisa, poder lograr grandes coisas com essa camisa", afirmou.
Durante a convocação, Fábio Maradishjean, preparador físico da seleção, explicou como foi esse encontro e qual a missão que o jogador recebeu, e deu retorno, para ser aprovado pela equipe médica.
"Não veio na convocação de setembro devido a problemas físicos. Ele estava com baixos níveis de potência e força. Falamos isso com ele no dia 8, antes da data Fifa de setembro. Dissemos a ele que precisava melhorar os níveis. Ele disse: "missão dada, missão cumprida". Fomos a Barcelona eu e Cleber (auxiliar), mostrou grande evolução no quesito de força e potência. O Barcelona B nos enviou dados dos treinamentos, e esses números nos deram segurança da convocação dele, no aspecto físico. O Dani Alves é o mesmo que veio conosco durante todo o ano de 2022, nas Olimpíadas. No aspecto físico, ele se encontra apto a participar da seleção brasileira" atestou o preparador.
Tite pediu a palavra e deu o embasamento tático para o chamado. Ao citar que Daniel Alves pode ser um dos capitães da seleção na Copa se estiver em campo, lembrou que o Brasil joga com laterais construtores. Que não necessitam percorrer longas distâncias e se desgastar.
"Os laterais na seleção não vão trabalhar na ponta. A qualidade técnica individual que o Dani empresta nesse quesito é impressionante. Para ele ser um articulador, organizador. E não ter nele um jogador de ir e voltar 60, 70 metros. Ele é um dos capitães da equipe. Vai depender da escalação. Normalmente é o mais longevo", afirmou o treinador.
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