A imprensa nacional e internacional, avalia que presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva começa, nesta segunda-feira (31), a enfrentar os desafios que terá para governar pela terceira vez o Brasil, um país dividido, mas o primeiro problema é o silêncio do presidente derrotado no segundo turno, Jair Bolsonaro.
A transição pode representar um desafio para Lula, explicou Paulo Calmon, professor de Ciência Política da Universidade de Brasília.
"Lula deve ter cuidado, primeiro com um "terceiro turno': com qualquer desafio que Bolsonaro e seus aliados possam criar, como (Donald) Trump nos Estados Unidos, para deslegitimar sua vitória e mobilizar seu eleitorado contra ele", afirmou à AFP.
Lula teve dois milhões de votos a mais que Bolsonaro, a vitória mais apertada em um segundo turno na história da democracia brasileira, após uma campanha polarizada e tensa.
Marco Antônio Teixeira, cientista político da Fundação Getúlio Vargas, afirmou que o presidente eleito terá que trabalhar para "ampliar a legitimidade do governo", com a presença no Executivo de "setores não petistas".
Ele citou nomes como a terceira candidata com mais votos no primeiro turno, a senadora Simone Tebet, que apoiou Lula no segundo turno. Também deverá dialogar com governadores bolsonaristas.
"Assim, pode aumentar sua legitimidade e ampliar o apoio entrando em setores bolsonaristas. É preciso unir o país", acrescentou Teixeira.
Lula, que governou o Brasil de 2003 a 2010, chega ao poder com o apoio dos mais vulneráveis, grupo que possui uma memória afetiva da bonança sob sua administração.
Ele fez várias promessas para melhorar a economia, incluindo aumentar do salário mínimo e reforçar os programas sociais.
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