Doze horas após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter confirmado neste domingo (30) a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro, candidato derrotado do PL à reeleição, ainda não se manifestou sobre o resultado da eleição.
O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela hora, Lula, tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava 49,17% de votos válidos.
Ao todo, com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 60,3 milhões de votos, e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos.
A agenda de Bolsonaro para esta segunda-feira (31) não prevê compromissos oficiais. Pela manhã, o ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Cid, se dirigiu ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.
Tradicionalmente, candidatos derrotados ligam para o adversário e fazem uma declaração pública reconhecendo a vitória do oponente. Em 2018, por exemplo, o então candidato do PT Fernando Haddad reconheceu a vitória de Bolsonaro ainda no domingo à noite.
Durante discurso a apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, Lula contou que até as 23h45 não havia recebido telefonema de Jair Bolsonaro.
"Vocês sabem que a gente vai ter que ter um governo para conversar com muita gente que está com raiva. Em qualquer lugar do mundo, o presidente derrotado já teria ligado para mim reconhecendo a derrota. Ele, até agora, não ligou, não sei se vai ligar e não sei se vai reconhecer", disse.
Assim que o TSE declarou a vitória de Lula sobre Bolsonaro, diversos líderes mundiais reconheceram a vitória do petista, entre os quais: Joe Biden (Estados Unidos), Rishi Sunak (Reino Unido), Alberto Fernández (Argentina), Vladimir Putin (Rússia), Marcelo Rebelo de Sousa (Portugal), Olaf Sholz (Alemanha) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia).
Bolsonaro acompanhou parte da apuração com aliados na Granja do Torto, residência de campo da Presidência que fica a cerca de 15 quilômetros do centro de Brasília. Depois, dirigiu-se ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência onde desde 2019 vive com a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Jornalistas aguardavam manifestação de Bolsonaro em frente à residência oficial, mas até a última atualização desta reportagem não havia previsão de declaração do presidente.
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