A APLB Sindicato em Juazeiro expressa nesta sexta-feira, 26 de Outubro, seu veemente repúdio diante da atitude tomada pela diretora da Fundação Lar Feliz, Ressu Barbosa, de enviar aos pais dos alunos, uma carta pedindo votos para os candidatos ACM Neto e Jair Bolsonaro. A entidade entende que, pelo trabalho na educação e no social, a Fundação jamais deveria agir dessa forma.
"Nos deparamos com esse assédio eleitoral por parte da Ressu, que enviou esse texto pedindo para votar em seus candidatos. Não podemos deixar de nos posicionar diante disso. A Fundação, uma entidade que é filantrópica e vive de doações, também recebe ajuda do poder público e jamais deveria fazer algo assim. Nós repudiamos totalmente esse ato em que a diretora se investe desse papel de uma pessoa comunitária, mas por outro lado cobra a conta solicitando o voto dos pais dos alunos. É inadmissível que isso aconteça", afirma o diretor da APLB Sindicato em Juazeiro, Gilmar Nery.
O blog Preto do Banco, da jornalista Sibelle Fonseca, tornou pública a situação após receber denúncias de voluntários que colaboram com a Fundação, revoltados com a atitude da direção da Fundação Lar Feliz. Segundo eles, Maria da Ressurreição de Souza Barbosa, mais conhecida como 'Tia Ressu' encaminhou carta assinada pedindo aos "conhecidos e amigos dos bairros Malhada da Areia, Antônio Guilhermino, Invasão Américo Tanuri, Jardim das Acácias, São Vicente e Adjacências", votos para os candidatos Jair Bolsonaro e ACM Neto.
De acordo com a reportagem do Preto no Branco, ela inicia a carta contando a história da instituição que chegou nestas comunidades em 1986, após "presenciar as dificuldades pelas quais passavam todos os moradores" e segue falando da sua dedicação às comunidades atendidas. A diretora, na carta, justifica o 'pedido" e enumera pautas que foram atribuídas ao candidato Lula (PT) e já rebatidas pela campanha do petista, como sendo "fake-news".
Depois de ser procurada para dar explicações acerca desse pedido, Ressu Barbosa disse não entender o que fez como assédio eleitoral. O portal Preto no Branco encaminhou a denúncia para o Ministério Público e Justiça Eleitoral.
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