Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) começaram a última semana de propaganda eleitoral gratuita na TV com foco em propostas econômicas. No início da tarde desta segunda-feira (24/10), as peças dos dois candidatos deixaram as questões morais de lado e falaram mais sobre o impacto da política na vida das pessoas. A prisão do presidente afastado do PTB, Roberto Jefferson, não foi citada por nenhuma das campanhas.
O programa de Lula veio primeiro e começou com críticas a Bolsonaro pela visita do petista a uma favela no Rio de Janeiro, acusando o presidente de desprezar os pobres.
Os ataques se concentraram no campo econômico, lembrando que, na proposta enviada pelo governo ao Congresso, o Auxílio Brasil de R$ 600 só vai até dezembro deste ano e que os juros do empréstimo consignado são altos. A disputa sobre o reajuste do salário mínimo também apareceu, com a veiculação de um vídeo do deputado federal reeleito André Janones (Avante-MG) acusando o ministro da Economia, Paulo Guedes, de querer congelar aumentos reais.
Lula apareceu no programa dizendo que o Brasil vai dar certo incluindo os pobres na economia, “porque ninguém gosta de ser pobre”. Em seguida, o programa petista trouxe propostas para renegociação de dívidas e a promessa de limpar o nome dos brasileiros.
Inovação e saúde
O programa da campanha de Bolsonaro também começou com foco na economia, mas enumerando feitos do governo. A peça teve início dando ao presidente o crédito pela criação do Pix e dizendo que a gestão atual trabalhou para reduzir a burocracia e facilitar o ambiente de negócios e o empreendedorismo.
A propaganda valorizou o reconhecimento do Brasil como o país com o governo mais digital das Américas e lembrou o início da implementação do 5G para a telefonia celular.
Bolsonaro apareceu na segunda parte do programa, mais dedicada a promessas na área da saúde pública. Ele prometeu lançar um aplicativo do SUS que servirá, entre outras coisas, para marcar consultas.
No final do programa, a campanha bolsonarista voltou para a economia e prometeu isenção no Imposto de Renda para quem recebe até R$ 6 mil por mês.
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