Martelo batido. O rebaixamento para a Série C está confirmado no Náutico. O último ato aconteceu sem mesmo o Timbu precisando entrar em campo. Bastou a vitória da Chapecoense na última sexta-feira para o time retornar à Série C após três anos.
Resta agora ao Alvirrubro, portanto, terminar com dignidade a Segundona para finalizar uma temporada que foi marcada por uma série de erros. Indo para sua segunda participação na terceira divisão em cinco anos, o Timbu mais uma vez fez um campeonato bem abaixo do esperado e transformou a esperança de acesso em tristeza pela campanha pífia.
Os problemas começam com várias contratações realizadas sem uma análise prévia mais aprofundada, pecando pela quantidade e qualidade. Para se ter uma ideia, dos 32 reforços, 12 deixaram o clube antes do final da Série B. Do total, só Lucas Perri, que se transferiu para o Botafogo, foi sucesso unânime entre os torcedores, com alguns tendo altos e baixos, como Richard Franco, João Lucas, Everton Brito e Geuvânio. Nem os atletas que chegaram com mais expectativa, como Souza, Jobson e Victor Ferraz, conseguiram mostrar futebol.
As escolhas foram tão ineficientes que os 12 atacantes contratados reúnem apenas 15 dos 32 gols marcados pelo time na competição nacional. O artilheiro da equipe é Geuvânio, com quatro tentos, seguido por Richard Franco, volante, com três. A baixa efetividade deixa o Timbu como o 12º melhor ataque até o momento do rebaixamento matemático.
Por outro lado, seja por falta de critério ou má fase, a diretoria realizou quatro trocas de técnicos, com cinco profissionais comandando o clube. Dois meses antes da B, Hélio dos Anjos foi demitido após derrota para o Retrô, nos Aflitos, pelo estadual. Felipe Conceição chegou, mas não agradou. Com cinco derrotas em 15 jogos, e a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o Tocantinópolis, o profissional acertou sua saída após perder para o Londrina, na primeira rodada da Segundona.
Em seu lugar, o Náutico trouxe um treinador já conhecido, que chegou para sua quinta passagem pelo clube. Roberto Fernandes assinou às vésperas da final do estadual, buscando aumentar o moral do time. Mesmo perdendo a primeira final para o Retrô, o técnico deu a volta por cima e conquistou o título. Em seguida, Roberto não conseguiu evoluir o Timbu e acabou sendo trocado com quatro vitórias em 16 partidas na Série B.
A vaga foi preenchida por Elano, que foi o que sofreu mais críticas. Depois de chegar com expectativa, o treinador piorou a performance da equipe dentro de campo, teve discussão com Jean Carlos dentro de campo, ironizou a torcida nos Aflitos, e saiu com apenas uma vitória em seis jogos, sendo apontado como maior erro no comando técnico.
A campanha do Náutico na Série B também foi marcada por um fato inusitado. O jogo diante do Vasco, que foi realizado no Arruda, atrasou por cerca de 20 minutos por conta da demora da chegada dos uniformes que seriam utilizados pelos atletas. Sem participar do protocolo da CBF, não estando perfilado na execução do hino nacional, o Timbu entrou em campo apenas para ouvir o apito inicial do árbitro e aqueceu no vestiário do estádio.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.