Conforme constatou um levantamento realizado pelo Jornal Folha de S.Paulo, publicado nesta terça-feira (18), quase um quarto das mulheres eleitas em 2022 são esposas de políticos. Das 91 deputadas que tomarão posse em 2023, ao menos parte do capital político de 21 delas está ligado a maridos e ex-maridos.
Na Bahia temos, por exemplo, as esposas do ex-ministro João Roma (PL) e de Luiz Caetano (PT), coordenador da campanha de Jerônimo Rodrigues (PT) ao Governo da Bahia, que elegeram Roberta Roma (PL) e Ivoneide Caetano (PT).
Além de Roma, outro ex-ministro que conseguiu garantir o feito foi Sergio Moro (União Brasil-PR), que elegeu Rosângela Moro (União Brasil) em São Paulo.
Ainda conforme a reportagem da Folha, a importância do apadrinhamento masculino a candidaturas de mulheres ainda é alta —23% do total de cadeiras—, mas vem diminuindo. Em 2006, das 45 eleitas para a Casa metade tinha relação familiar com algum político. Dessas, 62% eram esposas.
Em 2018, levantamento do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) mostrou que dentre os homens eleitos, 33% tinham familiares políticos, contra 36% das mulheres eleitas.
A grande diferença está no grau de parentesco. Apenas 8% dos homens com parentesco político eleitos tinham uma companheira que também atuava na vida pública, número que salta para 54% em relação às mulheres.
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