Outubro Rosa: Conheçam a história de Emanuela Sena Gomes Amaro

19 de Oct / 2022 às 10h30 | Variadas

Tudo começou quando Emanuela Sena Gomes Amaro, de 38 anos, parou de amamentar seu filho, Bernardo, de três anos. Consciente da necessidade do autocuidado, realizava o autoexame com frequência e notou que havia a presença de um pequeno caroço na sua mama esquerda. "Depois de uma ultrassonografia, foi confirmado que não era nada. Fiquei aliviada".  

Em dezembro de 2014, Manu assistia televisão e passou uma reportagem sobre câncer de mama. Sentiu, imediatamente, vontade de fazer o autoexame. "Tomei um susto, me desesperei, fui, então, novamente ao médico e no exame o caroço não aparentava ser câncer".

Manu foi orientada pelo médico a realizar uma consulta com o mastologista, porém ela só conseguiu para março. "No dia da consulta, o mastologista me disse que teria que fazer uma biópsia para ter realmente certeza do diagnóstico".

A DESCOBERTA-Emanuela fez a biópsia em março de 2015 e esperou mais 25 dias para receber o resultado que mudaria sua vida. Ao receber a biópsia, o médico confirmou que eu estava com câncer. "Fiquei sem chão, não sabia o que dizer o que pensar. Estava com meu marido, Marcio, que resolveu tudo e me deu total amparo. Ele esteve comigo em todas as etapas".

Recebida a notícia, resolveu dar o comunicado no grupo de Whatsapp da família.  "Eles ficaram muito tristes, resolvi fazer uma ligação e pôs no vivo voz e escutei minha vó chorando. Cresci ouvindo falar que fulana está com aquela doença, e isso era visto como uma doença sem cura. Evitava mencionar até mesmo o nome, pois naquela época não tinha o acesso às informações que temos hoje, então descobrir que a neta dela estava com "aquela doença" foi um baque enorme. Mas minha vó me fortaleceu bastante quando eu disse que precisava fazer a mastectomia (retirada da mama), pois me disse: "você não vai precisar fazer, confie".

Ela sempre buscou se informar sobre saúde e isso a ajudou bastante para enfrentar cada etapa.  "Resolvi ir cortando meu cabelo aos poucos, pois sabia que meu cabelo cairia, nós mulheres temos medo de ficar careca, foi aí que eu percebi que cabelo cresce de novo e a quantidade de acessórios que dava para usar".

Confiante, eles resolveram ir para Salvador, pois a maior parte de sua família morava lá na época. Manuela conta que foi recebida por seus familiares e médicos da unidade com muito amor. "Todos perguntavam meu nome e diziam que orariam por mim".

Em 11 de junho de 2015, Manu estava tudo certo para marcar a cirurgia para retirada da mama, mas a sua médica, Doutora Mirela, a orientou que seria melhor começar pelas quimioterapias. "Foram cinco ciclos da vermelha a cada 21 dias (as que caem, pelos e cabelo), e depois 12 ciclos da branca (quase sem reações)". Manu conta que ao realizar as quimioterapias sentia muito enjoo, ela conta ainda que conheceu um procedimento que a ajudou bastante. "Doutor Paulo orientou que eu fizesse acupuntura, isso melhorou na reação do meu tratamento".

Passado a primeira e segunda etapa da quimioterapia, Manu resolveu fazer uma cirurgia para a implantação de um cateter. Logo depois da implantação, Manu retornou para Petrolina. "Voltamos no dia das mães eu fiquei muito feliz de conseguir passar essa data tão especial para mim ao lado do grande amor da minha vida meu filhote Bernardo, pelo menos na festinha da escola".

Passado o Dia das Mães, Manu voltou para Salvador para dar continuidade à quimioterapia. "Não pude usar o cateter, pois meu braço estava muito inchado, mas tudo bem é como eu disse se era pra ficar curada iria enfrentar todas as etapas".

Concluída a quimioterapia, era a hora de fazer a quadrantectomia com a retirada do quadrante onde estava situado o tumor. "Não precisei tirar a mama completa, nem fazer o esvaziamento da axila, pois os linfonodos deram negativos, como estava bem recebi alta médica".

Concluída essa etapa, em janeiro de 2016, Manu deu inicio às 30 sessões de radioterapia. Hoje, quatro anos após ser diagnosticada e terminada as sessões de radio, Manu ainda faz acompanhamento médico a cada três meses e continua tomando medicação diária para manutenção do tratamento. 

Após viver esse desafio, Manu procura acolher outras mulheres que estão passando pela doença. "Confie no seu médico e tente enfrentar de uma forma positiva. O mais importante é se cercar de pensamentos positivos, pessoas que te amam e queiram o seu bem. A fé e o amor curam".  

 

 

Texto: Patrícia Rodrigues/ Jornalista

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