Às vésperas do segundo turno das eleições e com os ânimos ainda mais acirrados, não tem como o tema eleições não estar nas discussões no ambiente corporativo. No próximo dia 30, saberemos quem será o novo presidente da República. Já o colega de trabalho - de esquerda ou de direita - e que declarou voto contrário ao seu não será o seu inimigo.
O debate político sobre quem vai ganhar as eleições ainda vai se estender para as próximas semanas e após a divulgação do resultado do vencedor. Independente do candidato, a convivência no ambiente de trabalho precisa ser mantida de forma harmoniosa. A polarização gerada pelas eleições e que vem ocorrendo nos últimos anos não pode e não deve afetar o dia a dia corporativo nas empresas.
Sabemos que estamos vivendo um momento atípico com pessoas desgastadas e cansadas, principalmente, pelo contexto proporcionado pela pandemia que gerou, sem falar nas vítimas da covid-19, impactos negativos inesperados como isolamento social, problemas de saúde mental e burnout. Todo esse cenário fez com que as pessoas ficassem menos pacientes e mais ansiosas. Um dos desafios dos departamentos de recursos humanos das empresas vai ser administrar as emoções quando a discussão estiver acalorada.
Por ser um tema delicado, falar de política no ambiente de trabalho requer também uma estratégia. Um ambiente de acirramento entre os dois lados requer escutar o que o outro tem a falar. Aos funcionários, cabe manter mais o diálogo e menos discussão e confronto. Aos gestores, vale saber gerir esses conflitos internos e, principalmente, incentivar o respeito à decisão dos outros e a harmonia nas organizações já que estamos vivendo num estado democrático.
Por fim, é o momento de amadurecermos a capacidade de nos comunicarmos entre os nossos pares, principalmente, no ambiente corporativo onde passamos grande parte do tempo. O debate é válido desde que ocorra de forma inteligente, saudável, propositiva e produtiva e que traga ideias que vão nos ajudar a ter um país melhor. Além disso, a discussão sobre política é rica desde que seja para compartilhar ideias de forma menos emocional e mais racional. O desafio é conviver na diversidade de opiniões, especialmente, no local de trabalho.
Bruno Martins é CEO da Trilha Carreira Interativa.
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