Tempos atrás uma visita de um candidato a presidente da República ao sertão era motivo de atrair prefeitos em busca de visibilidade. Durante visita do atual presidente e candidato á reeleição a "não presença dos prefeitos e políticos sertanejos chamou a atenção". A REDEGN buscou contato com lideranças políticas da região norte da Bahia e do Vale do São Francisco e "ninguém quis se pronunciar", sobre a ausência ao lado do presidente no evento realizado ontem, em Juazeiro e Petrolina.
Na nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (28/9), indica que o descontentamento da população com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a subir. Segundo os dados, a avaliação negativa do governo é de 42% entre os entrevistados.
Reportagem de Gerson Camarotti, Comentarista político da GloboNews, do Bom Dia Brasil, na TV Globo, e apresentador do GloboNews, avalia que as últimas pesquisas de intenção de voto, que apontam um cenário adverso para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), aprofundou a crise instalada na campanha nos últimos dias.
Aliados e integrantes do governo passaram a cobrar responsabilidades, gerando acusações de erros e abandono. Mas todos reconhecem a culpa de Bolsonaro na amplificação da crise na campanha.
Interlocutores próximos de Bolsonaro passaram a acusar integrantes do Centrão de abandonar o presidente, especialmente no Nordeste. A debanda de parlamentares do bloco foi explicitada no último ato de campanha na região, quando Bolsonaro esteve na terça-feira (27) em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) ao lado de poucos apoiadores, como ex-ministro Gilson Machado.
Esse movimento de abandono já era percebido antes mesmo do início da campanha, mas se intensificou nas últimas semanas por causa da elevada rejeição de Bolsonaro no Nordeste.
"Ficou impossível fazer campanha para Bolsonaro. O que está em jogo nesse momento é a sobrevivência de cada político", justificou ao blog um influente deputado do Centrão, explicando a "cristianização" do presidente no Nordeste.
Por outro lado, parlamentares do Centrão dobraram as críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Responsabilizam Guedes pela demora em viabilizar o Auxílio Brasil turbinado, prejudicando o desempenho de Bolsonaro no Nordeste e entre os que ganham até dois salários mínimos. Guedes também é criticado por declaração recente negando o agravamento da fome no país.
"Mas na campanha, Bolsonaro passou a ser uma espécie de denominador comum das críticas. Todos responsabilizam o presidente por declarações recentes com novas ameaças de não respeitar o resultado das urnas. Isso porque intensificou nesta reta final da disputa um movimento de voto útil no Lula em vários setores da sociedade que resistiam o apoio ainda no primeiro turno ao petista", avalia Gerson Camarotti.
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