A escolha de Petrolina para encerrar a visita de Jair Bolsonaro a Pernambuco, antes da eleição em primeiro turno, soou para analistas consultados pela redeGN, como um fator a ser analisado pela campanha de Miguel Coelho (União Brasil), que disputa palmo a palmo uma vaga para o segundo turno da eleição para governador no estado.
Há quem acredite que nas entrelinhas houve mesmo uma intenção de Bolsonaro de dar um recado a Fernando Bezerra Coelho, pai de Miguel, senador e ex-líder do governo no Senado Federal, que deixou de apoiá-lo após período de convivência harmoniosa e muitos recursos empenhados para Petrolina.
Bolsonaro e sua coordenação de agenda escolheram exatamente Petrolina para encerrar sua campanha presencial no estado, trazendo para a principal base de Miguel Coelho, o seu candidato a governador de Pernambuco: Anderson Ferreira, para quem fez reiterados pedido de votos.
É possível conjecturar que qualquer baixa na intenção de votos colhidas pelas pesquisas na região onde Miguel Coelho melhor pontua, pode impactar nos levantamentos que devem chegar antes do dia 2 de outubro.
Na pesquisa do Ipec divulgada nesta terça-feira (27) Miguel Coelho, com 13%, está dois pontos percentuais à frente de Anderson Ferreira, que tem 11%. Raquel Lira está à frente dos dois, com 15% e Danilo Cabral, com 13% pontua igual a Miguel.
Ao tempo que não dá para afirmar que bolsonaristas atenderiam aos pedido de Bolsonaro, transferindo votos para Anderson, não é salutar que a equipe de Miguel, há 5 dias da eleição, cruze os braços e pague pra ver.
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