A Seleção Brasileira teve uma atuação de gala no último amistoso antes da Copa do Mundo FIFA 2022 Qatar. Com grande atuação do sistema ofensivo, o time canarinho venceu a Tunísia, por 5 a 1, no Estádio Parque dos Príncipes, em Paris, nesta terça-feira (27).
Apesar da boa vitória brasileira, o duelo ficou marcado por mais um episódio de racismo. Na comemoração do segundo gol, feito por Richarlison, uma banana foi arremessada em direção aos jogadores do Brasil. A CBF já soltou nota de repúdio sobre o assunto [leia abaixo].
Assim como no jogo contra Gana, quando venceu por 3 a 0, a Seleção Brasileira liquidou a fatura logo nos primeiros 45 minutos de jogo. Um dos nomes do jogo foi Neymar, que em uma das suas primeiras jogadas deu belo passe para Paquetá quase fazer 1 a 0. O gol saiu aos 11 em mais uma boa trama. Dessa vez quem começou foi Casemiro, que fez um lançamento perfeito para Raphinha. O atacante viu o goleiro adiantado e cabeceou por cobertura para fazer 1 a 0.
A equipe de Tite seguiu dona do jogo, mas sofreu um susto aos 17 minutos, quando Slimane levantou bola na área para Omar Talbi empatar o jogo. Mas a igualdade não durou muito tempo. Aos 19 minutos, Raphinha encontrou Richarlison na área. O centroavante dominou e chutou forte para colocar o time em vantagem: 2 a 1.
Sem cair na provocação do adversário, o Brasil fez mais dois gols no primeiro tempo. Aos 28 minutos, Casemiro foi derrubado na área. Pênalti. Neymar foi para a cobrança e fez 3 a 1. O quarto gol não demorou muito e teve os papeis invertidos em relação ao segundo gol. Richarlison deu assistência para Raphinha chutar de primeira e marcar um golaço: 4 a 1.
Com o placar elástico, Tite aproveitou para fazer observações, com a entrada do centroavante Pedro. O atleta do Flamengo não demorou para aparecer. Em uma delas, recebeu na área e finalizou de cabeça para a defesa do goleiro. Além de Pedro, Vini Junior entrou na partida e deu novo gás para a equipe pelo lado esquerdo. Junto com Neymar, a dupla voltou a mostrar bom entrosamento
O quinto gol do Brasil saiu aos 29 minutos. E foi de Pedro. O centroavante recebeu na área e de primeira chutou forte no canto esquerdo do goleiro: 5 a 1. O Brasil ainda dominou o jogo nos 15 minutos finais e apenas controlou o duelo para carimbar mais uma vitória, a última antes da estreia na Copa do Mundo FIFA 2022 Qatar contra a Sérvia.
Nota de repúdio
A CBF repudia mais um ato de racismo envolvendo um jogador da Seleção Brasileira. Uma banana foi lançada em direção ao atacante Richarlison na comemoração do segundo gol do Brasil diante da Tunísia, nesta terça-feira (27), no Parque dos Príncipes, em Paris (FRA).
Presente no estádio com a delegação, o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, lamentou mais um episódio de racismo no futebol e voltou a destacar a importância de medidas mais rigorosas contra o preconceito.
"Mais um vez, venho publicamente manifestar o meu repúdio. Desta vez, vi com os meus olhos. Isso nos choca. É preciso lembrar sempre que somos todos iguais, não importa a cor, raça ou religião. O combate ao racismo não é uma causa, é uma mudança fundamental para varrer esse tipo de crime de todo o planeta. Eu insisto em dizer que as punições precisam ser mais severas", declarou.
Primeiro Presidente negro na história da CBF, Ednaldo Rodrigues tem sido voz ativa pela construção de um futebol antirracista. No último mês de agosto, a CBF recebeu a primeira edição do Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, evento pioneiro na batalha contra o preconceito no esporte. O dirigente é um defensor de punições mais severas para o controle do racismo no futebol e sugeriu a perda de pontos em episódios do tipo.
Antes mesmo da bola rolar contra a Tunísia, a CBF e o Itaú fizeram uma campanha em prol da igualdade e contra o racismo no futebol. A Seleção Brasileira cobriu as estrelas do casaco e entrou com um cartaz para mostrar que, sem os jogadores negros, o futebol brasileiro não seria pentacampeão mundial.
FICHA TÉCNICA
BRASIL
Alisson; Danilo, Marquinhos (Roger Ibañez), Thiago Silva e Alex Telles (Renan Lodi); Casemiro, Fred (Rodrygo), Lucas Paquetá (Vini Jr.) e Neymar; Raphinha (Antony) e Richarlison (Pedro). Técnico: Tite
TUNÍSIA
Dahmen; Drager (, Talbi, Bronn, Ben Ouannes ; Skhiri, Laidouni, Chaalali (Khenissi), Ben Slimane (30), Jaziri (Ghandri); Msakni (Khazri). Técnico: Jalel Kadri.
Árbitro: Ruddy Buquet
Assistentes: Guillaume Debart e Aurélien Drouet
VAR: Marc Bollengier
*com informações CBF
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