Pilotos de aviação agrícola que trabalham em fazendas produtoras de grãos no oeste da Bahia estão sendo treinados para atuar no combate a queimadas em áreas de vegetação. Entre os meses de agosto e novembro, aumenta esse tipo de ocorrência na região e também no sudoeste, norte e Chapada Diamantina, por causa das altas temperaturas, da baixa umidade e da estiagem.
O governo federal permite que essa categoria auxilie bombeiros e brigadistas em casos de incêndios florestais. A lei 14.406 foi sancionada em julho deste ano, e estabelece que as aeronaves agrícolas precisam ser conduzidas por profissionais experientes e devidamente qualificados, atendendo às normas técnicas definidas pelo poder público.
A temporada das secas e dos incêndios também coincide com a entressafra agrícola na maior parte do território nacional - inclusive o baiano. "Nesse período mais seco aqui na região, as aeronaves ficam ociosas. Então, a gente está aproveitando esse maquinário para aplicar no combate aos incêndios florestais", disse Enéas Porto, gerente de sustentabilidade da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, a Aiba, que promove o treinamento.
A carga horária é de 30 horas, e conta com aulas teóricas e práticas em uma propriedade rural na cidade de Luís Eduardo Magalhães. No curso, os pilotos aprendem a se posicionar corretamente diante do fogo e da fumaça, e a adotar procedimentos de segurança específicos para esse tipo de operação. Eles se preparam para enfrentar condições adversas, como o forte calor, ventania, e instabilidade da aeronave.
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