A Rede GN continua acompanhando o caso de Deliane Feitosa da Silva, 31 anos, que teve alguns órgãos perfurados durante procedimento médico de curetagem, realizado dia 11 de junho, no Hospital Materno Infantil de Juazeiro (BA).
Na manhã desta quarta-feira (24), familiares de Deliane realizaram uma manifestação em frente ao Paço Municipal (Prefeitura de Juazeiro) exigindo justiça para o caso de Deliane que permanece internada no Hospital Regional de Juazeiro.
Eles estavam cobrando responsabilização da Secretaria de Saúde por não ter atendido ao pedido da médica para realização de um exame que identificaria a origem do sangramento. Cobram também ajuda a família e um atendimento diferenciado para Deliane já que a culpa pelo agravamento do problema é da Secretaria de Saúde, segundo acusam.
Entenda o caso:
Deliane Feitosa da Silva deu entrada no Hospital Materno Infantil de Juazeiro, administrado pela prefeitura, no dia 10 junho para curetagem, necessária em razão de um aborto espontâneo.
De acordo com Gustavo, marido de Deliane, na noite de domingo, 12 de junho, ela foi transferida, às pressas, já no balão de oxigênio, para uma unidade hospitalar de Petrolina, sem que a família fosse avisada.
Na unidade, Deliane ficou internada até a madrugada de terça-feira, 13 de junho, quando precisou ser transferida, com urgência, para o Hospital Regional de Juazeiro, onde realizou o primeiro procedimento cirúrgico e ficou internada na UTI. Dias depois, entretanto, ela teve uma grave infecção, que causou a deiscência (rompimento) dos pontos no intestino grosso.
A Prefeitura de Juazeiro, devido à repercussão do caso, ocupou emissoras de rádio, TV, blogs e redes sociais, informando que estaria dando todo apoio à família de Deliane Feitosa, o que gerou a gravação dos familiares.
Em publicações na redeGN a prefeitura já havia comunicado que estava mantendo toda assistência à paciente e determinado o afastamento da profissional responsável pelo atendimento da paciente. Confira:
A comissão de Saúde da Câmara de Juazeiro, composta pelos vereadores Neguinha da Santa Casa, Dr. Salvador, Bene Marques, Amadeus e Italo Marcelo foi convocada para acompanhar o caso e dar encaminhamento urgente às solicitações da família e proceda junto à direção da unidade hospitalar, bem como à secretaria municipal de saúde de forma a prestar toda a assistência ao paciente. Veja:
Em nota a Prefeitura de Juazeiro informou que, desde que tomou conhecimento do caso, tem prestado assistência através de contato com a sogra de Deliane: "A Prefeitura de Juazeiro, através das Secretarias de Saúde (Sesau) e de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes), ressalta que desde que soube do caso da paciente Deliane Feitosa da Silva, está prestando toda assistência à família da paciente (filhos e esposo) através da sogra de Deliane, dona Lindinalva", informaram.
Afastamento da médica - Veja a nota na íntegra
A Prefeitura de Juazeiro vem a público, mais uma vez, para reforçar que mantém total transparência em suas ações e comunica o afastamento da profissional que realizou o atendimento da paciente Deliane Feitosa, de 31 anos, gestante que teve complicações de saúde após realizar um procedimento na Maternidade Municipal. Ela segue internada em um hospital da cidade e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) acompanha tudo de perto.
A gestão municipal, sensível com a causa, esclarece que continua dando total assistência para a paciente e sua família, ao mesmo tempo lamenta o ocorrido. Foi aberta uma sindicância para apurar os fatos que envolvem o atendimento da gestante.
A atual gestão tem reforçado a atenção e investindo em melhorias dos profissionais da área de saúde, seja através de capacitações, treinamentos e qualificações, etc. O objetivo é melhorar os níveis de satisfação, garantindo atendimento de qualidade em todos os segmentos e reforçar o compromisso com a saúde das pessoas, prestando um atendimento diferenciado e humanizado, como deve ser (Ascom PMJ).
NOTA PREFEITURA JUAZEIRO:
A Secretaria de Saúde de Juazeiro esclarece que a médica que realizou o procedimento pediu o exame de ultrassonografia, mas sem indicação de urgência nem a finalidade para o exame (no caso, que teria havido perfuração em órgão). A Maternidade de Juazeiro tinha a possibilidade de fazer o exame, principalmente caso houvesse solicitação com urgência. Ao contrário do que está sendo dito, não foi negada a realização da USG. A profissional médica não comunicou à diretoria médica da unidade sobre o ocorrido, sobre a necessidade da realização do exame, muito menos sobre a urgência para a ultrassonografia. A paciente foi transferida no dia seguinte para hospital de referência.
Desde quando esteve ciente do ocorrido, a Prefeitura de Juazeiro está prestando assistência à família da paciente (esposo e filhos). A equipe do Cras realizou visita à família da paciente, a qual está tendo acompanhamento psicossocial e recebeu cesta básica.
Ascom/Sesau
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.